Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, confirmou o cessar-fogo na guerra com o grupo extremista libanês Hezbollah em anúncio televisionado nesta terça-feira (26). A expectativa é de que o acordo entre em vigor na quarta-feira (27).
“O Hezbollah escolheu nos atacar. Já se passou um ano, e este não é mais o mesmo Hezbollah. Nós o fizemos retroceder décadas”, declarou o primeiro-ministro israelense.
Netanyahu advertiu, no entanto, que voltará a atacar o Líbano caso o Hezbollah descumpra o acordo. Para ele, o cessar-fogo permitirá que Israel se concentre na ameaça do Irã.
“Estou disposto a fazer o que for preciso para evitar que Irã desenvolva arma nuclear”, declarou Benjamin Netanyahu.
O Hezbollah participa do conflito desde a invasão do grupo nacionalista islâmico Hamas em Israel, em outubro de 2023. Os ataques na ocasião mataram 1,2 mil pessoas no sul israelense.
O acordo de cessar-fogo, no entanto, não dá trégua para a Faixa de Gaza. “Estamos determinados a garantir a destruição do Hamas”, reforçou o primeiro-ministro de Israel.
Como vai funcionar o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hezbollah?
O combinado é que Israel retire as tropas que ocupam o sul do Líbano há meses. O Hezbollah, em contrapartida, deve recuar cerca de 25 quilômetros ao norte da fronteira israelense.
Os combates serão suspensos por pelo menos 60 dias e o exército do Líbano ficará no controle da faixa entre a fronteira de Israel e o Rio Litani. Após o anúncio de Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro libanês Najib Mikati pediu a “implementação imediata” do cessar-fogo.
Israel iniciou uma série de bombardeios contra o Hezbollah no fim de setembro. As ofensivas mataram o líder do grupo Hassan Nasrallah e outros integrantes importantes.
As forças israelenses também foram responsáveis pela explosão simultânea de 3 mil pagers e walkie-talkies de membros do Hezbollah no Líbano em setembro.
*com informações do portal R7 e do Estadão Conteúdo