O assassino do atendente de lanchonete era um bom genro e atencioso com a família e o trabalho. Mas as drogas fizeram com que ele cometesse os crimes na última segunda-feira (25), é o que diz a sogra do autor, em entrevista à NDTV Record.
Segundo ela, o autor do ataque sempre a ajudava no que precisava. “Ele era um homem muito bom. Ele cuidava de tudo, cuidava de conta de banco, me levava no médico. Ele fazia tudo o que um genro tinha que fazer”, comentou.
Ainda segundo ela, não houve traição por parte da filha e tudo passou por uma alucinação do assassino do atendente de lanchonete. “A traição era mentira, só alucinação, era só coisa da cabeça dele. Ele se drogava tanto. Eu tenho pena, porque para mim, ele sempre foi uma pessoa boa, o que estragou ele foram as drogas”, explicou.
A sogra do assassino também foi uma das primeiras pessoas a encontrar a vítima da tentativa de feminicídio. “Eu escutei ele abrir o portão, porque eu disse para ele que podia dormir aqui, para no outro dia ir pro Paraná. Ele trouxe roupa, lavei a roupa, sapato e tudo. E ainda falei para não ir falar com ela”, explicou.
Ele chegou e abriu o portão, era uma e pouco da manhã, mas não vi ele. Olhei lá na janela, ele não estava. Daí eu deixei a luz acesa e desci na cama. Eu fui lá de novo, olhei e os dois estavam conversando ali em cima, normal. Depois eu ouvi dois gritos. Corri para cima e cheguei lá, e o sangue já estava pelo chão”, completa.
Após o ataque, a vítima da tentativa de feminicídio foi levada pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) ao hospital Santo Antônio. O estado de saúde dela não foi divulgado.
Atendente de lanchonete estava presta a sair do trabalho
O dono do estabelecimento também contou à NDTV Record como foram momentos antes do homicídio. Segundo ele, a lanchonete fecha às 00h e Eziquiel ficou mais tempo para a limpeza.
Quando ele estava prestes a sair do trabalho, o autor chegou e efetuou os disparos.
“Quando aconteceu, a gente correu desesperadamente para o local e quando chegou aqui, a gente se deparou com toda a situação e fiquei sem acreditar no que estava acontecendo. A gente faz um ambiente todo proporcional à família e recebe as pessoas. Jamais imaginamos que ia acontecer uma algo nessa proporção dentro do nosso estabelecimento”, comenta.
Relembre o caso em que atendente de lanchonete é morto
Um homem, que segundo a Polícia Civil, motivado por ciúmes devido a uma traição, matou Eziquiel Bueno da Silva, de 41 anos, e tentou matar a sua esposa logo depois, na última segunda-feira (25), em Blumenau.
Logo após cometer o crime, ele fugiu em direção do Paraná, mas a ação rápida da Polícia fez com que ele fosse preso em São José dos Pinhais. A arma usada nos crimes foi localizada junto ao autor, que confessou que fez “besteira”.
Vale lembrar que dias antes do crime, o autor fez publicações sobre a suposta traição. “Me perguntaram porque não bloqueei; respondi que não, pois prometi estar aqui caso precisasse. E eu não costumo quebrar promessa. O mundo da voltas”, publicou.
“A diferente entre mim e você é que preferi mil vezes amar do que magoar. Você preferiu iludir do que ser feliz. Mas vai passar e ainda vou ter alguém que queira ser feliz comigo”, compartilhou em outra publicação.
Autor de assassinato de atendente de lanchonete foi perseguido pelos policiais
Após o crime, a Polícia de Santa Catarina avisou a PM do Paraná, que ficou em alerta. Segundo a guarnição paranaense, depois de localizarem o autor, houve uma perseguição e suspeito foi preso.
Com ele foi encontrado a arma do crime, no banco do passageiro, além de munições. Ele segue preso no Paraná, até análise do boletim de ocorrência da Polícia Militar paranaense.
Ele também é suspeito de estar envolvido em uma tentativa de homicídio, em Laurentino, na BR-470. Segundo a Polícia Civil, ele atirou contra um carro enquanto realizava uma ultrapassagem e acertou o braço e mão do motorista.