Em mais uma visita que muito honra esse blog, o comunicador, multiartista e meu parceiro de podcast Plural POPCast, Felippe Audaz, nos brinda com uma curiosa entrevista com a atriz norte-americana Hayley Podschun, que atua na Broadway e esteve recentemente em Florianópolis.
Na onda do filme “Wicked” nos cinemas, ela conta um pouco sobre a experiência de viver “Glinda”, a protagonista da história no musical na Broadway. Desfrutem!
Por Felippe Audaz
Hayley Podschun, natural de Overland Park, Kansas, trabalha como atriz profissional desde os 10 anos e na Broadway desde os 12. Com diversos espetáculos na Broadway, turnês nacionais, trabalhos em filmes/televisão/dublagem e como apresentadora convidada na QVC, ela é uma verdadeira artista multifacetada.
De 2013 a 2014, Hayley percorreu o país dentro de uma bolha no musical de sucesso “Wicked”, musical onde interpretou o papel dos sonhos, “Glinda”, e até ganhou o prêmio de “Melhor Atriz em uma Produção em Turnê” do site BroadwayWorld.com (Austin, TX). Ela também esteve na turnê nacional de “Hairspray”, onde interpretou uma das “crianças mais legais”, “Tammy”, e encerrou a turnê como “Penny Pingleton”.
Entre 27 de outubro e 07 de novembro, a artista esteve em Santa Catarina para ensaios e apresentações no espetáculo “Let’s Broadway Camerata” da Marquee Productions. No espetáculo Hayley se apresentou ao lado de mais nove atores e atrizes da Broadway que vieram para Florianópolis exclusivamente para o projeto, por convite do diretor Rodrigo Marques.
O musical passou por Criciúma, Joinville e Florianópolis, tendo apresentações lotadas em todos os dias. Em sua estada na Ilha, Hayley concedeu também essa entrevista onde fala sobre sua carreira na Broadway e, claro, todo o frenesi despertado pelo musical “Wicked” – seja nos palcos seja nas telas, como na recente adaptação que estreou nos cinemas.
Pergunta – Você vem atuando em musicais da Broadway desde os 12 anos, certo? Você diria que nasceu para a Broadway? Como sua carreira em musicais começou?
Resposta – Sim! Fiz minha estreia na Broadway quando tinha 12 anos em “A Noviça Rebelde”. Acho que definitivamente nasci para ser uma artista – é algo que sempre me trouxe alegria e, quando criança, eu amava me fantasiar.
Pergunta – De todos os musicais que você já fez, seja no palco ou na tela, existe algum que tem um lugar especial no seu coração? O que o torna especial para você?
Resposta – Nossa, todos são muito especiais, porque cada experiência é diferente. Se eu tivesse que escolher um, acho que seria o palco, porque é onde fiz a maior parte do meu trabalho. As pessoas no teatro fazem esse trabalho ser destaque para mim. Se não fosse por pessoas tão adoráveis, criativas, solidárias e imaginativas com quem trabalho, eu não faria o que faço.
Pergunta – O público geral no Brasil pode não compreender totalmente a importância dos musicais e de seus talentos nos EUA. Como é sua vida como estrela da Broadway? Você é frequentemente reconhecida na rua? Recebe muitos convites para eventos?
Resposta – (Risos) Nossa, não! Definitivamente não sou reconhecida nas ruas. Talvez quando saio pela porta do palco depois de um show, mas nada além disso. Mas sim, eu vou a muitos eventos por causa da minha carreira e profissão, e adoro isso. Estreias da Broadway, cantar em festas e eventos. Essa é uma parte muito divertida do trabalho.
Pergunta – Existe um papel pelo qual você é mais lembrada?
Resposta – Eu diria que provavelmente “Glinda”, porque o papel é muito conhecido. Mas há muitas mulheres que já interpretaram esse papel, e me sinto honrada em fazer parte do “clube da Glinda”.
Pergunta – Você interpretou “Glinda” em Wicked na turnê da Broadway, e estamos prestes a ver a versão do filme de “Wicked “com Ariana Grande no mesmo papel. Você fez teste para o papel? O que achou da escolha de Ariana? Quais são suas expectativas para o filme?
Resposta – Eu não fiz teste para o filme, mas estou animada para vê-lo!
Pergunta – Você e outros nove artistas americanos estão aqui no Brasil se apresentando com o espetáculo “Let’s Broadway Camerata”. Para a cena cultural do Sul do Brasil, ter 10 atores da Broadway se apresentando, inspirando e encantando nosso público e artistas locais é algo enorme. É algo que nunca vivenciamos aqui. Eu vejo isso como um evento histórico que ajuda a impulsionar o teatro musical em nossa região. Você percebe a importância da sua arte e presença aqui? Como se sente?
Resposta – O público nos shows tem sido maravilhoso. Realmente sentimos o amor no teatro e online. Tem sido muito emocionante.
Pergunta – Esta é sua primeira vez no Brasil? Quais eram suas expectativas em relação à nossa cultura, nossos artistas e ao público brasileiro? E o que você achou da sua experiência até agora?
Resposta – Sim, esta é minha primeira vez na América do Sul! Todos têm sido muito gentis, mesmo que meu português seja péssimo (risos). O elenco brasileiro com quem nos apresentamos todas as noites, da Marquee Productions, é incrivelmente talentoso – adorei vê-los e conhecê-los.
Mais sobre Hayley Podschun
Seus créditos na Broadway incluem os musicais “Hello, Dolly, Something Rotten!”, “Chaplin” (interpretando Mildred Harris, a primeira esposa de Charlie Chaplin), “Anything Goes”, “Pal Joey”, “Sunday in the Park With George”, “Hairspray” e “The Sound of Music”.
Em Nova York, Hayley interpretou “Anna Murphy” em “I Married An Angel” no New York City Center Encores e foi a primeira a interpretar o papel principal de “Freckleface Strawberry”, de Julianne Moore, Off-Broadway.