Futebol de Santa Catarina definha em um cenário de desilusão

O futebol catarinense, que há pouco mais de uma década vivia sua era de ouro, hoje definha em um cenário de desilusão. A doença que o consome não é súbita, mas fruto de anos de má gestão, amadorismo e decisões equivocadas.

Futebol de Santa Catarina vive péssimo momento

Derrota para o Vitória no Heriberto Hülse deixou o Criciúma na zona de rebaixamento – Foto: Celso da Luz/Criciúma E.C/ND

Os sintomas são claros: um Avaí estagnado na Série B, uma Chapecoense que perdeu o encanto, um Brusque que não resistiu ao impacto do rebaixamento, um Figueirense afundado na Série C e, agora, um Criciúma à beira do colapso na Série A.

O Tigre, que parecia ter um caminho claro para a permanência, desperdiçou oportunidades cruciais. A derrota para o Vitória, em pleno Heriberto Hülse, escancarou a fragilidade de um time que agora precisa de um milagre. O roteiro é cruel: oito pontos contra gigantes como Flamengo, Fluminense e Corinthians, além do Bragantino na última rodada.

E não é apenas a matemática que assusta; é o futebol apresentado. Mas essa crise vai além das quatro linhas. Dos cinco grandes de Santa Catarina, quatro estão em Recuperação Judicial, símbolo de um modelo ultrapassado de administração.

Avaí se despede de 2024 nesta sexta-feira diante da Ponte Preta – Foto: Leandro Boeira/Avaí F.C

As cotas de TV, que já foram solução, se tornaram armadilha. Clubes gastam o que não têm, apostam sem planejamento e veem os cofres vazios.

Futebol de Santa Catarina não evoluiu

O futebol evoluiu, mas Santa Catarina ficou no passado. Precisamos profissionalizar, atrair investidores e abandonar “decisões monocráticas”. Ainda há tempo para agir, mas o relógio não para. Tic, tac…

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