Eduardo Paes e Sergio Moro bateram boca em tweets na rede social X (Twitter) na noite da quinta-feira (21). A briga chegou ao ponto do prefeito do Rio de Janeiro chamar o juiz de “lixo.”
A origem da discussão foi um tweet de Marcelo Bretas sobre o Código Penal falando sobre impunibilidade de casos de “desistência voluntária” de um crime; aparentemente, o ex-juiz falava sobre a tentativa de golpe de Estado pela qual Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado.
Na publicação original, Bretas (juiz da Lava Jato afastado do cargo pelo CNJ sob suspeitas de favorecimento ilícito) falou sobre os artigos 14, 15 e 31 do Código penal, que falam sobre crimes planejados, mas não cumpridos. O primeiro fala sobre tentativas sem sucesso de crimes, o segundo sobre desistência voluntária do crime, e o último que não há punição se não houve tentativa de crime.
Paes vs Moro
Eduardo Paes republicou o tweet de Bretas com um curto comentário: “Delinquente sendo delinquente!” Sergio Moro não gostou nem um pouco, e respondeu: “Delinquentes eram os seus amigos que ele prendeu.”
Em resposta, Paes trouxe à tona o fato de Breta ter sido afastado do cargo de juiz e comenta como “o próprio Bolsonaro” despreza o ex-juiz. Também escreveu uma ofensa direta:
“Vocês dois são o exemplo do que não deve ser o judiciário. Destruíram a luta contra a corrupção graças a ambição politica de ambos. Você ainda conseguiu um emprego de ministro da justiça e foi mais longe na política. Esse aí nem isso. Ele era desprezado pelo próprio Bolsonaro que fez uso eleitoral das posições dele. E quem me disse isso foi o próprio ex-presidente. Recolha-se a sua insignificância. Aqui você não cresce! Lixo!”
Moro, então, respondeu com uma foto antiga na qual aparecem Lula (PT), Paes e Sergio Cabral. (Cabral foi preso na Lava Jato, operação da qual Bretas participou). Ele escreveu a legenda: “Errado, quem destruiu o combate à corrupção foram os amigos dos delinquentes, ou seja, sua própria turma da impunidade. Ofensa de baixo calão não muda os fatos e só mostra quem ou o que você é.”
Eduardo continuou no argumento e que Moro descredibilizou a justiça no país. Disse, ainda, que a tentativa de golpe de Estado e planos para assassinar Lula e Alckmin “tem origem na sua cruzada política.” Completou [sic]:
“Hoje se há impunidade é pq vc desacreditou a justiça. Eu tenho tranquilidade em relação a meus atos e minha trajetória política e não passo mão na cabeça de golpista e nem de delinquente nenhum. E reafirmo que seu lugar será o lixo da história!”
Paes ainda compartilhou fotos de Moro a lado de Wilson Witzel, ex-governador do Rio do Janeiro que sofreu impeachment em 2021 após investigações sobre desvio de dinheiro público, e ao lado de Luciano Bivar, investigado por ameaçar Antônio Rueda, presidente do partido União Brasil.