Uma investigação da Polícia Federal revelou detalhes alarmantes sobre a tentativa de golpe de estado que visava assassinar o presidente Lula (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF, Alexandre de Moraes. De acordo com a PF, o documento com o planejamento do ataque foi impresso dentro do Palácio do Planalto.
A impressão do documento ocorreu em novembro de 2022, por Mário Fernandes, general da reserva e ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência de Jair Bolsonaro. O plano, denominado “Punhal Verde e Amarelo”, previa ações como envenenamento e explosões para neutralizar as autoridades.
O relatório detalha que, no dia 6 de dezembro de 2022, às 18h09, Fernandes imprimiu o arquivo intitulado “Plj.docx” no Planalto, enquanto Bolsonaro estava no local. Além disso, a presença de outros envolvidos, como Mauro Cid e Rafael de Oliveira, foi confirmada na mesma região e data, segundo o rastreamento de celulares.
Golpe de estado: assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes já tinham datas marcadas
A data escolhida pelos conspiradores para executar o plano seria 15 de dezembro de 2022. Nesse dia, Lula estava em São Paulo participando de um evento com catadores de materiais recicláveis, enquanto Alckmin se reunia com governadores em Brasília.
A PF relatou que o grupo, que incluía militares, também monitorava deslocamentos das autoridades. A Polícia Federal cogitou envenenamentos e explosões como métodos de execução.
Em 24 de dezembro, ocorreram atentados prévios pelo mesmo grupo, de acordo com a PF. Na ocasião, foi instalada uma bomba em um caminhão de combustível próximo ao aeroporto de Brasília.
A investigação revelou que essas ações estavam conectadas a um grupo que acampou por semanas em frente ao Quartel General do Exército, pedindo intervenção militar para impedir a posse de Lula. A PF segue investigando o caso.
A Polícia Federal afirmou que a organização criminosa planejava os assassinatos do presidente e do vice-presidente de forma operacional. Segundo ela, o planejamento incluía o uso de armamentos letais, como explosivos e envenenamento.