O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerra sua participação na cúpula do G20 nesta terça-feira (19), destacando temas centrais da presidência brasileira no bloco, que será exercida ao longo de 2024. Lula lidera a terceira sessão da reunião de líderes, cujo foco é o desenvolvimento sustentável, e conduzirá o encerramento do evento, passando a presidência do grupo para a África do Sul.
A agenda do dia inclui reuniões bilaterais com líderes como Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia; Joe Biden, presidente dos Estados Unidos; Shigeru Ishiba, primeiro-ministro do Japão; e Keir Starmer, do Reino Unido. Além disso, Lula, acompanhado do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, apresentará os resultados de uma rodada de investimentos em saúde.
Na segunda-feira (18), Lula utilizou sua participação para criticar o gasto global com guerras em contraste com o combate à fome. Ele apontou as desigualdades econômicas como fomentadoras de extremismo e violência, criticando sanções unilaterais e a falta de reformas na governança global. O presidente também defendeu a taxação de 2% sobre o patrimônio de super-ricos como forma de gerar US$ 250 bilhões anuais para enfrentar desafios sociais e ambientais. Em suas falas, Lula condenou a invasão da Rússia à Ucrânia e os ataques de Israel à Faixa de Gaza, reforçando o papel das intervenções desastrosas em conflitos globais.
A presidência brasileira no G20 busca priorizar a inclusão social, transição energética e reforma da governança global. O Brasil também lançou iniciativas como a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, além do G20 Social, para envolver a sociedade civil nas discussões do bloco.