A Polícia Civil de São Paulo desvendou mais detalhes do assassinato de Igor Peretto, empresário morto pelo cunhado no dia 30 de agosto, na Praia Grande, litoral paulista. A viúva do comerciante realizou uma ligação para o celular de Igor enquanto a vítima agonizava, segundo a polícia.
Dados recuperados do celular de Rafaela Silva, mostraram uma ligação de cinco minutos e 12 segundos para o celular de Igor às 6h02, pouco depois do crime. As informações contradizem depoimentos anteriores da suspeita, que afirmou ter bloqueado o contato de Igor por medo.
De acordo com a investigação, a chamada ocorreu enquanto Igor já estava morto ou agonizando. A polícia apontou que Marcelly Peretto, irmã da vítima, e seu marido, Mario Vitorino, deixaram o local às 6h04, dois minutos após o horário da ligação feita por Rafaela.
“Neste horário, a vítima já estava morta ou agonizando após tamanha crueldade e carnificina”, destacou a Polícia Civil em relatório enviado à Justiça.
Histórico de chamadas apagado reforça que morte de Igor Peretto foi premeditado, diz polícia
Além disso, os investigadores identificaram registros de chamadas de Rafaela para Mario, indicando um vínculo estreito entre os três acusados. “O vínculo entre os três investigados estava cada vez mais forte e unido”, observou a corporação.
As autoridades também descobriram que Rafaela apagou o histórico de chamadas do celular, mas os dados foram recuperados. As informações mostram ligações para Mario Vitorino, suspeito de ser o autor das facadas que tiraram a vida de Igor no apartamento de Marcelly.
Segundo o Ministério Público, o crime foi premeditado porque Igor era considerado um “empecilho no triângulo amoroso” formado entre Rafaela, Marcelly e Mario. Rafaela e Marcelly se entregaram à polícia logo após o corpo de Igor ser encontrado.
Mario foi capturado em Torrinha, no interior de São Paulo, no dia 15 de setembro. Igor Peretto era irmão do vereador Tiago Peretto, de 27 anos. Ele deixou um filho de cinco anos, além de uma família em luto.