A infestação de cobras na ilha de Guam, território dos Estados Unidos, desencadeou um sério problema ao ecossistema da floresta, como a reprodução descontrolada das aranhas-banana.
Trata-se da cobra-arbórea-marrom, espécie invasora que pode ter sido introduzida na década de 1940, depois de entrar sorrateiramente em um navio de carga.
A estimativa é que existam dois milhões de serpentes na ilha, o que gerou o investimento de US$ 3,8 milhões – aproximadamente R$ 22 milhões. “Elas comem qualquer coisa”, diz Henry Pollock, diretor executivo da Southern Plains Land Trust para a BBC.
Para tentar conter a infestação de cobras, cientistas tentam reincorporar uma espécie de ave extinta, conhecida como martim-pescador-de-Guam.
Listado pela primeira vez como espécie ameaçada em 1982, o martim-pescador-de-Guam estava extinto na natureza desde 1988, justamente devido ao predador invasor, a cobra-marrom-das-árvores.
Ave extinta pode ajudar a conter infestação de cobras
Apesar de extinta, 29 pássaros foram salvos e mantidos em cativeiro no Kansas. Foi quando os cientistas decidiram soltar seis aves no Atol de Palm, segundo a reportagem do portal norte-americano Mongabay.
Com a liberação do pássaro ameaçado de extinção em uma ilha que está livre do predador e que fica a 5,9 mil quilômetros do lugar infestado pelas cobras, o objetivo é estabelecer uma população reprodutora para quando a praga das cobras for definitivamente resolvida.
Além disso, o uso do paracetamol também é avaliado como uma possível solução no lugar, tendo em vista que uma dose de aproximadamente 1/5 do comprimido pode ser tóxica para acabar com as cobras.