A ex-mulher de Francisco Wanderley Luiz, acusado de envolvimento nas explosões no STF (Supremo Tribunal Federal), é apontada como a principal suspeita de incendiar a casa dele em Rio do Sul, no Vale do Itajaí. A delegada Elisabete Prado, da Polícia Civil, confirmou que Daiane Dias foi vista por testemunhas espalhando gasolina e ateando fogo na residência.
Ex-mulher de autor das explosões no STF é a principal suspeita – Foto: Gabriela Szenczuk/NDTV
O incêndio ocorreu por volta das 7h deste domingo (17). Daiane acabou sofrendo queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus em 100% do corpo durante a ação. A vítima foi levada em estado grave ao Hospital Regional Alto Vale.
O Corpo de Bombeiros utilizou cerca de 8 mil litros de água para controlar as chamas, que consumiram parte do imóvel de aproximadamente 50 metros quadrados.
FRAME – A ex-mulher de “tio França” teve queimaduras graves por todo o corpo. – Foto: Anônimo/Reprodução ND
Relato do resgate
Altair de Souza, vizinho e caseiro da propriedade, foi quem retirou Daiane do local. Ele descreveu a cena em entrevista à NDTV Record:
“Quando olhei, vi que estava pegando fogo no rancho, onde guardo minhas ferramentas. Saí correndo, pulei o portão e vi ela pegando fogo. Tentei tirar ela dali. Me queimei, não conseguia apagar. Peguei um cobertor, joguei por cima dela e consegui tirar. Coloquei ela nas costas, mas a pele dela saiu na minha mão. Ela ficou na grama gritando, e ninguém vinha ajudar”.
Testemunhas e repercussão
O incêndio atraiu atenção de vizinhos e conhecidos de Francisco, conhecido como “Tio França”. Ruth Marques Vieira, amiga da família, expressou sua surpresa e pesar:
“Vi ele praticamente nascer. Conhecia os irmãos, a mãe, o pai… todos trabalhadores e honestos. Foi uma surpresa total. Sinto muito por ele, pelos irmãos e pela mãe. Ele era uma pessoa muito querida”.
Incêndio foi registrado na manhã deste domingo (17) – Foto: CBMSC/Divulgação/ND
Investigação em andamento
Além do Corpo de Bombeiros, as Polícias Militar, Civil e Científica estiveram no local. A delegada Elisabete Prado classificou o caso como incêndio criminoso, com base nos relatos e nas evidências encontradas.