O Corpo de Bombeiros Militar, em parceria com a Polícia Militar, os Bombeiros Voluntários de Joinville e o GRM (Grupamento de Resgate em Montanha), segue mobilizado na complexa operação para resgatar o corpo do montanhista Bruno Corrêa, de 29 anos, no Pico Jurapê, em Joinville.
A operação, iniciada após Bruno ser dado como desaparecido no dia 7 de novembro, foi temporariamente suspensa neste fim de semana devido às condições climáticas adversas. O resgate está previsto para ser retomado na manhã de segunda-feira (18), quando a condição climática permitir a conclusão do resgate.
O desaparecimento de Bruno
Bruno, natural de Itajaí, iniciou sua jornada no dia 6 de novembro, pedalando em direção ao Pico Jurapê, mas enfrentou dificuldades quando o pneu de sua bicicleta furou. Ele decidiu seguir a pé e, no dia 7, conseguiu entrar em contato com os Bombeiros Voluntários de Joinville, relatando que estava com pouca bateria no celular e enviando sua localização via WhatsApp. Apesar das tentativas iniciais de localizá-lo no ponto indicado, as buscas não tiveram sucesso naquele momento.
Desde então, equipes especializadas em resgate em áreas montanhosas vêm enfrentando as condições desafiadoras do local, que conta com trilhas de difícil acesso, altitudes de até 1.200 metros e trechos que exigem escalada.
Esforços de resgate
No dia 11 de novembro, o CBMSC enviou duplas formadas por bombeiro e cão de busca, enquanto drones equipados com câmeras térmicas foram utilizados para sobrevoar a região. O helicóptero Arcanjo-03, da corporação, também foi mobilizado para transportar equipes e equipamentos para pontos estratégicos.
A operação envolve especialistas em salvamento em altura e resgate em terrenos montanhosos, que estão planejando cada etapa com extremo cuidado, priorizando a segurança das equipes diante das condições perigosas do terreno.
A descoberta do corpo
No dia 13 de novembro, a equipe do helicóptero Águia, da PMSC, avistou uma mochila e uma barraca em uma fenda da montanha. Aproximadamente 36 metros abaixo desse ponto, foi identificado o corpo de Bruno. A localização é cercada por grandes paredes de pedra, uma área de difícil acesso.
Desafios climáticos e geográficos
Com 1.124 metros de altitude, o Pico Jurapê é conhecido por seus declives íngremes, rochas soltas e vegetação densa, dificultando o acesso ao local onde o corpo foi localizado.
Durante o fim de semana, as chuvas e os ventos impediram que os esforços prosseguissem, mas a previsão de melhora nas condições meteorológicas para esta segunda-feira renova as esperanças de um desfecho para a operação.
Angústia da família
A demora no resgate tem causado comoção e angústia na família de Bruno. Em uma publicação nas redes sociais, Carla Joci, irmã da vítima, desabafou. “Estamos acompanhando todo o trabalho da GRM. Sei que fizeram o que estava no alcance e agora para o resgate do corpo se disponibilizaram a fazer algo nunca feito antes por eles, mas só no domingo ou segunda ainda porque o tempo vai mudar”.
Carla também fez um apelo para agilizar o processo. “Não é de responsabilidade da GRM. Venho pedir ajuda. Nós individualmente somos pequenos, mas quem sabe juntos conseguimos algo mais rápido. Já se passaram muitos dias; há indício de que ele veio a óbito já na quinta-feira, então nem o último adeus teremos por causa do estado do corpo”, comentou a irmã.