A Polícia Federal (PF) anunciou que solicitará a quebra dos sigilos fiscal, bancário e de telefone de Francisco Vanderlei Luiz, responsável pelo atentado ocorrido na noite de quarta-feira (13), na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
A autorização para o acesso aos dados depende do Supremo Tribunal Federal (STF) e deve ser solicitada nos próximos dias.
O celular de Francisco Vanderlei foi encontrado bloqueado, e os peritos da PF estão trabalhando para acessar o conteúdo. Os investigadores buscam esclarecer os detalhes do planejamento do atentado, além de entender como o autor estava sobrevivendo na capital federal sem exercer sua profissão de chaveiro.
Em depoimento à PF, um dos filhos de Vanderlei afirmou que ele recebia um salário de R$ 5 mil. Segundo a Polícia Civil, o autor do ataque era natural de Santa Catarina, mas havia alugado uma casa em Ceilândia, no Distrito Federal, para organizar o ataque contra as instituições democráticas.
Atentado tratado como terrorismo
O inquérito está sendo conduzido pela Divisão de Enfrentamento ao Terrorismo da Diretoria de Inteligência Policial da PF. A corporação investiga as explosões como um ato terrorista e avalia a hipótese de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
O episódio teve dois momentos principais:
1. Explosão no Anexo IV da Câmara dos Deputados– Um carro estacionado no local foi utilizado no ataque.
2. Explosão em frente ao STF – Um segundo artefato matou Francisco Vanderlei Luiz, que era o proprietário do veículo utilizado no atentado.
Passos seguintes
Além de buscar informações em dispositivos eletrônicos, a PF está colhendo depoimentos de pessoas que mantiveram contato com Vanderlei em Brasília. Também estão sendo analisadas imagens de câmeras de segurança que possam revelar os movimentos do autor no dia do atentado.
Francisco Vanderlei Luiz foi candidato a vereador pelo PL nas eleições municipais de 2020, mas não conseguiu se eleger. Agora, as autoridades tentam identificar possíveis conexões entre ele e outros grupos ou indivíduos envolvidos em ações contra as instituições democráticas.