Fãs de Sorocaba e Itapetininga (SP) tiveram experiências profissionais e pessoais marcadas pelo fanatismo por Linkin Park. Banda vai se apresentar pela décima vez em solo brasileiro após um hiato de sete anos. Lauro Medeiros, com a bandeira da banda, à esquerda; à direita, Wesley Carlos com Mike Shinoda, membro do Linkin Park
Arquivo pessoal
A década de 2000 passou, mas deixou saudades e diversas heranças culturais, principalmente na música, com o emocore, gênero musical conhecido por melodias marcantes e letras emotivas. Foi por estas características que a banda norte americana Linkin Park “explodiu” e conquistou fãs no mundo inteiro.
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Muitas vezes, alguns adoradores costumam ser fervorosos ao expressar sua paixão por algum artista. Foi o que aconteceu com fãs do Linkin Park de Sorocaba (SP) e Itapetininga (SP). Um deles aprendeu inglês para poder conversar com os integrantes da banda. O outro conheceu a companheira em um show cover. Já o terceiro emprestou dinheiro e cartões de crédito para comprar ingressos do show.
O grupo volta ao Brasil pela décima vez para shows nesta sexta-feira (15) e sábado (16), no Allianz Parque, em São Paulo, além de ter anunciado, às vésperas da primeira apresentação da “From Zero Tour”, que irá retornar ao país em novembro de 2025.
Emily Armstrong é a nova covocalista do Linkin Park
James Minchin III/Divulgação
🤘💖 Amor e Linkin Park
O fotógrafo e produtor de vídeo Wesley Carlos Roberto, de 34 anos, mora em Sorocaba e faz parte de um dos fã clubes do Linkin Park mais antigo da América Latina. A paixão é tão grande que ele também integra uma banda cover do grupo americano.
Foi durante um de seus shows que Wesley conheceu a esposa, Juliana Martins Pestana, de 28 anos. A rockeira compartilha da mesma paixão e tem até nome de música tatuada: “Somewhere I Belong” [“Algum Lugar Ao Qual Eu Pertença”, em tradução literal].
“O Linkin Park mudou a minha vida de uma forma inexplicável há 23 anos. Muita coisa que tenho hoje e que consquistei com o passar dos anos foi por causa dessa banda. Já viajei para todas as cidades que eles já tocaram no Brasil, conheci muitas pessoas e lugares incríveis e a minha mulher”, lembra Wesley.
Wesley Carlos, de Sorocaba (SP), conheceu sua esposa por causa do amor pela banda Linkin Park
Wesley Carlos/Arquivo pessoal
Wesley já conheceu os integrantes da formação original e faz parte de um dos primeiros fã clubes do Linkin Park da América Latina, o LinkinPark:br. Ele possui uma coleção com mais de 300 itens da banda, alguns deles autografados e raros, como fitas cassetes, CDs, vinis, pôsteres, setlist e palhetas usadas em shows.
Linkin Park Experience em apresentação em Sorocaba (SP)
Reprodução/@jumartinssp
De nove shows do Linkin Park no Brasil, ele foi a oito, e destaca que as músicas sempre se conectaram com ele, não só pelo estilo, mas pelas letras, que fizeram sentido para ele ouvir em algum momento da vida.
O casal conseguiu ingressos pertinho do palco para os dois shows do Linkin Park neste fim de semana e está com as expectativas altas, pois, segundo eles, a chegada de Emily Armstrong, nova vocalista, foi a melhor escolha.
Fã de Sorocaba (SP) possui mais de 300 itens da banda Linkin Park, além de ter conhecido todos os integrantes da formação original
Wesley Carlos/Arquivo pessoal
👑🎼 ‘Heavy is the contas para pagar’
Valmir Rodrigues de Souza, monitor recreativo, ator e estudante de Itapetininga, tem 28 anos e também é fã de longa data do Linkin Park. Neste sábado (16), ele vai ao primeiro show da banda de sua vida, e está com as expectativas altíssimas.
“Não tinha dinheiro nenhum, eles anunciaram o show muito em cima da hora e no final do mês, então foi complicado, mas dei meu jeito. Emprestei dinheiro do meu pai, emprestei o cartão de crédito do meu irmão e paguei ele depois. Foi muito disputado, entrar no site e comprar, muita espera e muita ansiedade”, conta Valmir.
A chegada de Emily Armstrog foi marcada por hits como “The Emptiness Machine” e “Heavy Is the Crown”, que foi tema de uma arte feita por Valmir que acabou virando camiseta.
Valmir de Souza, de Itapetininga (SP), personalizou uma camiseta com a banda Linkin Park com a vocalista nova, Emily Armstrong
Valmir de Souza/Arquivo pessoal
O nome da música, traduzido para o português, é “pesada é a coroa” e, segundo Valmir, depois desta confusão para conseguir os ingressos do show e da excursão, pesadas serão as contas para pagar.
Ele e a esposa, Nathalya Palma, estão esperando o primeiro filho, chamado Levi. Valmir conta que o bebê “dança” na barriga da mãe toda vez que escuta “Waiting for the End”, do Linkin Park.
Valmir, de Itapetininga (SP), vai ao seu primeiro show do Linkin Park neste sábado (16)
Valmir de Souza/Arquivo pessoal
🎵🎸 Fã bilíngue
Às vésperas do show, essa alegria que muitos estão sentindo de poder presenciar o retorno da banda não vai poder ser vivida por todos os fãs. Infelizmente devido à alta demanda e filas gigantes para adquirir os ingressos nas plataforma digitais, Lauro Medeiros, de 34 anos, também de Sorocaba, não conseguirá marcar presença no Allianz Parque.
Lauro é fã desde que ouviu a música “Crawling” pela primeira vez e foi a banda que fez ele se apaixonar pelo rock. Com planos de poder conhecer os integrantes, ainda quando era adolescente ele começou a aprender inglês e, aos 22 anos, conseguiu realizar este sonho e agradecer os ídolos por suas músicas.
Lauro à esquerda conhecendo Chester Bennington, falecido covocalista do Linkin Park
Lauro Medeiros/Arquivo pessoal
Ele já foi a seis shows da banda pelo Brasil e também coleciona itens como a discografia completa, DVD’s, roupas, chaveiro, squeeze de água, miniatura da banda completa e mais de 100 revistas.
Ao g1, Lauro contou que existe um item da sua coleção que é muito precioso: a bandeira que decorou o palco da banda no Rio de Janeiro em 2012, que foi devolvida para ele após o show e foi autografada em um show seguinte, em Porto Alegre (RS). A bandeira tem as cores do país e o nome da banda bordado (veja trechos do show no Rio de Janeiro abaixo).
Bandeira foi bordada pela mãe do fã de Linkin Park de Sorocaba (SP), Lauro Medeiros
Lauro Medeiros/Arquivo pessoal
Ser fã de Linkin Park e ter aprendido inglês, segundo Lauro, abriram portas para o mercado de trabalho e, hoje, sua profissão é de especialista em negociações internacionais.
“Sentimento é horrível por não poder estar presente no retorno da banda que mudou completamente minha vida, profissionalmente falando. As músicas fazem com que possamos nos emocionar totalmente, pois são repletas de sentimentos e mensagens de superação dos problemas que enfrentamos ao longo da vida”, declara.
Apesar de não conseguir os ingressos para os shows, Lauro vai assistir aos dois por meio da transmissão exclusiva do Multishow e Globoplay, que também estarão disponíveis para não assinantes, a partir das 20h15.
Fã de Linkin Park de Sorocaba compartilha histórias e comenta ‘hype’ para shows no Brasil
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