As explosões em Brasília, em frente aos prédios do STF (Supremo Tribunal Federal) e da Câmara dos Deputados, na noite desta quarta-feira (13), repercutiram entre as autoridades políticas de Santa Catarina e do Brasil. O deputado federal, Jorge Goetten, que é de Rio do Sul, mesma cidade do autor dos ataques, foi um dos primeiros a se manifestar.
Goetten revelou que a última vez que conversou com Francisco foi em maio de 2023 em seu gabinete, em Brasília. “Em nome da empatia e da solidariedade, me coloco à disposição da família neste momento de dor. Também, aproveito para lamentar qualquer ato violento, principalmente aqueles que colocam a vida de terceiros em risco”, disse nas redes sociais.
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Em entrevista ao Uol, o deputado federal contou que conhecia Francisco desde a juventude e que ele estaria passando por “sérios problemas mentais” desde que se separou da esposa, há quatro meses. Foi neste meio tempo que o catarinense autor das explosões em Brasília se mudou para Ceilândia, cidade satélite da capital federal.
O prefeito de Rio do Sul, José Thomé (PSD), que está em Brasília em visita aos ministérios e buscando recursos para o município, disse que foi pego de surpresa com o ataque, na noite desta quarta-feira. “Infelizmente uma vida foi perdida diante desse ato ocorrido, lamentamos muito”, destacou.
Repercussão em Brasília
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, se pronunciou através de nota oficial. “A Polícia Federal está trabalhando com rigor para elucidar, com celeridade, a motivação das explosões na Praça dos Três Poderes, em frente ao Supremo Tribunal Federal, e nos arredores do Congresso Nacional”, disse Lewandowski.
Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal, classificou como “muito grave o que acaba de ocorrer na Praça dos Três poderes e no Anexo 4 da Câmara dos Deputados”. “Minha total solidariedade às autoridades e servidores dos três poderes, desejando que a segurança de todos seja prontamente restabelecida”, publicou no X, antigo Twitter.
Muito grave o que acaba de ocorrer na Praça dos Três poderes e no Anexo 4 da Câmara dos Deputados. Todas as unidades de segurança e de inteligência do Governo do Distrito Federal estão orientadas a agir com rigor e celeridade para identificar o autor ou autores, bem como a…
— Ibaneis Rocha (@IbaneisOficial) November 14, 2024
Rodrigo Pacheco, presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, lamentou as explosões e relembrou a invasão e a depredação dos prédios do Congresso, do Palácio do Planalto e do STF em 2023.
Segundo Pacheco, as forças de segurança investigam se as ocorrências se assemelham aos ataques aos prédios dos Três Poderes como os ocorridos no dia 8 de janeiro do ano passado.
Explosões em Brasília: sequência dos acontecimentos
Segundo o R7, o carro de Francisco Wanderley Luiz, autor das explosões em Brasília, foi o primeiro a explodir, por volta de 19h30. Vídeos feitos por pessoas que estavam no anexo 4 da Câmara mostram o momento em que o carro pega fogo, e é possível ouvir estouros que parecem ser de fogos de artifício.
Na sequência, aconteceram as explosões em frente ao prédio do STF, perto da estátua ‘A Justiça’. Francisco Wanderley Luiz acionou ao menos duas bombas em um intervalo de 18 segundos. Os dois locais das explosões ficam a aproximadamente 450 metros um do outro.
Ainda, de acordo com o relato de testemunhas, a ação de Francisco Wanderley Luiz terminou quando ele acionou a última bomba, a colocou na cabeça com um travesseiro e deitou no chão, até que aconteceu a explosão.
STF repudia ataques
Em nota, o STF repudiou os atentados ocorridos ao final da sessão na quarta-feira. O órgão informou que “os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela” e que a “segurança do STF colabora com as autoridades policiais do DF”.
“Os prédios do Supremo Tribunal Federal passarão por uma varredura completa para verificação de eventuais artefatos na madrugada e manhã desta quinta-feira (14)”, disse ainda em nota. “O expediente foi suspenso até o meio-dia em todos os prédios, e a situação será reavaliada ao longo da manhã”.
*Com informações do R7.