A OMS anunciou que a doença é uma emergência global à saúde. É a primeira vez desde a pandemia que uma doença recebe essa classificação. Entenda por que a mpox voltou a ser uma emergência global
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que a mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, é uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII).
O alerta surgiu devido à rápida propagação da doença no continente africano. Na República Democrática do Congo (RDC), por exemplo, foram registrados 4 mil casos, incluindo 450 mortes. Além disso, na África Central, quatro países que não haviam registrado casos anteriormente confirmaram infecções pela primeira vez este ano.
Para se ter uma ideia, de 1º de janeiro de 2022 a 30 de junho de 2024, foram confirmadas 208 mortes por mpox em todo o mundo, um número consideravelmente inferior ao registrado apenas este ano na RDC.
Pesquisa encontra substância semelhante à anfetamina em cigarros eletrônicos no Brasil
O que significa o alerta?
Esta é a primeira vez desde a pandemia de Covid-19 que uma doença recebe essa classificação pela OMS.
Na prática, o alerta da OMS visa facilitar a coordenação internacional para lidar com a doença e, consequentemente, evitar o aumento do número de casos.
Ele possibilita, por exemplo, desbloquear financiamentos para colaboração no compartilhamento de vacinas, tratamentos e testes de diagnóstico.
LEIA TAMBÉM:
Tire suas dúvidas sobre a doença em 10 tópicos
A emergência significa uma pandemia?
É importante ressaltar que o alerta não indica que a doença se transformará em uma pandemia. A microcefalia causada pelo Zika Vírus também foi declarada uma emergência, mas a doença nunca atingiu a classificação de pandemia.
O termo pandemia é diferente e só se aplica quando há transmissão sustentada do surto em vários continentes – o que não está acontecendo com a mpox.
Desde 2007, quando a OMS começou a responder a ameaças globais à saúde, foram emitidas oito declarações de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII):
H1N1 (2009-2010): Declaração em 25 de abril de 2009, encerrada em 10 de agosto de 2010. Afetou México e EUA, com 42 casos confirmados e 3 mortes.
Poliomielite ou paralisia infantil (2014-presente): Declaração em 5 de maio de 2014, ainda em vigor. Afetou vários países, principalmente o Paquistão, com 74 casos na época. Atualmente, a doença afeta principalmente Afeganistão, Etiópia, Guiné Equatorial, Quênia, Mali, Níger, Paquistão, Senegal e Somália.
Ebola (África Ocidental, 2014-2016; RDC, 2019-2020): Declaração em 8 de agosto de 2014, encerrada em 29 de março de 2016. Afetou Guiné, Libéria, Nigéria e Serra Leoa, com 1711 casos e 932 mortes.
Zika (2016): Declaração em 1º de fevereiro de 2016, encerrada em 18 de novembro de 2016. Afetou Brasil, França, EUA e El Salvador, com 594 casos de microcefalia relatados.
Ebola (RDC, 2019-2020): Declaração em 17 de julho de 2019, encerrada em 26 de junho de 2020. Afetou principalmente a República Democrática do Congo, com 2522 casos e 1698 mortes.
Covid-19 (2020): Declaração em 30 de janeiro de 2020. Afetou vários países. Pelas estimativas da OMS, desde 2020, a doença matou mais de 7 milhões de pessoas em todo o mundo, um número que pode ser ainda maior.
E qual a situação do Brasil com a mpox?
Segundo o Ministério da Saúde, até o momento, foram notificados 709 casos de mpox no país, com um total de 16 óbitos, o mais recente registrado em abril de 2023.
No entanto, nenhum desses casos está relacionado à variante responsável pelo surto na África Central.
A avaliação do Ministério da Saúde é de que o risco para o Brasil é baixo. Atualmente, há duas vacinas recomendadas pela OMS contra a doença. No entanto, nenhuma delas está sendo usada de forma ampla no país.
A imunização em massa não é necessária para esta doença. A OMS sugere que apenas indivíduos em risco, como aqueles que tiveram contato próximo com uma pessoa infectada ou pertencem a um grupo de alto risco (veja mais abaixo), devem ser considerados para a vacinação.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que a mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, é uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII).
O alerta surgiu devido à rápida propagação da doença no continente africano. Na República Democrática do Congo (RDC), por exemplo, foram registrados 4 mil casos, incluindo 450 mortes. Além disso, na África Central, quatro países que não haviam registrado casos anteriormente confirmaram infecções pela primeira vez este ano.
Para se ter uma ideia, de 1º de janeiro de 2022 a 30 de junho de 2024, foram confirmadas 208 mortes por mpox em todo o mundo, um número consideravelmente inferior ao registrado apenas este ano na RDC.
Pesquisa encontra substância semelhante à anfetamina em cigarros eletrônicos no Brasil
O que significa o alerta?
Esta é a primeira vez desde a pandemia de Covid-19 que uma doença recebe essa classificação pela OMS.
Na prática, o alerta da OMS visa facilitar a coordenação internacional para lidar com a doença e, consequentemente, evitar o aumento do número de casos.
Ele possibilita, por exemplo, desbloquear financiamentos para colaboração no compartilhamento de vacinas, tratamentos e testes de diagnóstico.
LEIA TAMBÉM:
Tire suas dúvidas sobre a doença em 10 tópicos
A emergência significa uma pandemia?
É importante ressaltar que o alerta não indica que a doença se transformará em uma pandemia. A microcefalia causada pelo Zika Vírus também foi declarada uma emergência, mas a doença nunca atingiu a classificação de pandemia.
O termo pandemia é diferente e só se aplica quando há transmissão sustentada do surto em vários continentes – o que não está acontecendo com a mpox.
Desde 2007, quando a OMS começou a responder a ameaças globais à saúde, foram emitidas oito declarações de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII):
H1N1 (2009-2010): Declaração em 25 de abril de 2009, encerrada em 10 de agosto de 2010. Afetou México e EUA, com 42 casos confirmados e 3 mortes.
Poliomielite ou paralisia infantil (2014-presente): Declaração em 5 de maio de 2014, ainda em vigor. Afetou vários países, principalmente o Paquistão, com 74 casos na época. Atualmente, a doença afeta principalmente Afeganistão, Etiópia, Guiné Equatorial, Quênia, Mali, Níger, Paquistão, Senegal e Somália.
Ebola (África Ocidental, 2014-2016; RDC, 2019-2020): Declaração em 8 de agosto de 2014, encerrada em 29 de março de 2016. Afetou Guiné, Libéria, Nigéria e Serra Leoa, com 1711 casos e 932 mortes.
Zika (2016): Declaração em 1º de fevereiro de 2016, encerrada em 18 de novembro de 2016. Afetou Brasil, França, EUA e El Salvador, com 594 casos de microcefalia relatados.
Ebola (RDC, 2019-2020): Declaração em 17 de julho de 2019, encerrada em 26 de junho de 2020. Afetou principalmente a República Democrática do Congo, com 2522 casos e 1698 mortes.
Covid-19 (2020): Declaração em 30 de janeiro de 2020. Afetou vários países. Pelas estimativas da OMS, desde 2020, a doença matou mais de 7 milhões de pessoas em todo o mundo, um número que pode ser ainda maior.
E qual a situação do Brasil com a mpox?
Segundo o Ministério da Saúde, até o momento, foram notificados 709 casos de mpox no país, com um total de 16 óbitos, o mais recente registrado em abril de 2023.
No entanto, nenhum desses casos está relacionado à variante responsável pelo surto na África Central.
A avaliação do Ministério da Saúde é de que o risco para o Brasil é baixo. Atualmente, há duas vacinas recomendadas pela OMS contra a doença. No entanto, nenhuma delas está sendo usada de forma ampla no país.
A imunização em massa não é necessária para esta doença. A OMS sugere que apenas indivíduos em risco, como aqueles que tiveram contato próximo com uma pessoa infectada ou pertencem a um grupo de alto risco (veja mais abaixo), devem ser considerados para a vacinação.