Na Rússia, Ksenia Karelina, mulher com dupla nacionalidade russo-americana, foi condenada pelo governo de Vladimir Putin a 12 anos de prisão por “alta traição” na quinta-feira (15). Ela foi detida por doar aproximadamente 40 euros (R$ 240 reais) a uma instituição de caridade pró-Ucrânia.
“O tribunal considerou Ksenia Karelina culpada de traição e sentenciou-a a 12 anos numa colônia penal”, disse o tribunal da cidade de Yekaterinburg, nos Montes Urais.
De acordo com relatos da mídia estatal russa, a jovem de 32 anos admitiu na semana passada ter pago o equivalente a cerca de 47 euros à organização “Razom for Ukraine” logo após o início da ofensiva russa na Ucrânia. O serviço secreto russo, o FSB, acusou-a de arrecadar dinheiro para “materiais médicos, equipamentos, armas e munições para as forças armadas ucranianas”.
A bailarina, que morava e trabalhava em Los Angeles, foi presa em Yekaterinburg no final de janeiro enquanto visitava a família. Washington acusa Moscovo de prender cidadãos norte-americanos sob acusações infundadas para usá-los como alavanca para a libertação de russos condenados no estrangeiro.
O veredito contra Karelina ocorreu duas semanas depois da maior troca de prisioneiros entre a Rússia e o Ocidente desde a Guerra Fria, na qual a Rússia libertou 15 detidos, incluindo o repórter norte-americano Evan Gershkovich e vários políticos da oposição russa. Em troca, oito prisioneiros e dois menores foram levados de avião para Moscou, incluindo o assassino do Tiergarten, Vasim Krasikov, que já havia sido preso na Alemanha.
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