Tuiré enfrentava câncer e morreu aos 54 anos. Ela ficou conhecida internacionalmente pela luta contra a construção da usina de Belo Monte, no Pará, na década de 80. Tuíra Kayapó aproxima facão no rosto do então presidente da antiga Eletronorte, José Antônio Muniz Lopes, durante o I Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, em Altamira, Pará, 1989.
Paulo Jares
Morreu neste sábado (10) a líder indígena Tuiré Kayapó Mẽbêngôkre, aos 54 anos, no Pará. Tuiré ficou mundialmente conhecida durante o Encontro das Nações Indígenas do Xingu de 1989, quando passou o facão no rosto do então presidente da antiga Eletronorte.
Tuiré enfrentava câncer no útero e foi homenageada por órgãos, instituições e figuras indígenas pelo seu ativismo na causa dos povos originários.
“O movimento indígena e o Brasil perderam uma das maiores lideranças do povo Kayapó. Tuíre Kayapó, uma guerreira incansável, ancestralizou e deixou um legado que jamais será esquecido. Sua luta, marcada por coragem e determinação, ecoará eternamente em nossos corações e nas futuras gerações”, disse em nota a Federação dos Povos Indígenas do Estado do Pará (Fepipa).
A organização reiterou que Tuíre foi “uma voz firme e poderosa na defesa dos direitos indígenas, sempre à frente das batalhas pela preservação da cultura e dos territórios de seu povo”.
Nas redes sociais,
Segundo a família de Tuíre Gorociré