O acusado de assassinar brutalmente Lorimar Lotkmeier, de 59 anos, vai a júri popular nesta quinta-feira (15) na Câmara de Vereadores de Ouro, no Meio-Oeste de SC. Ele é o suspeito de matar a companheira, queimar o corpo e jogar os restos mortais em um rio de Ipira em fevereiro de 2023.
Júri popular
Conforme o TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina) o acusado poderá ser condenado por homicídio qualificado por motivo fútil, asfixia, feminicídio e ocultação de cadáver. O júri está marcado para às 9h da quinta.
Relembre o crime
Na época do crime, o delegado regional de Joaçaba, Gilmar Bonamigo, relatou que a Polícia Civil foi informada sobre o desaparecimento da vítima no dia 16 de fevereiro.
O acusado contou para familiares e colegas de trabalho da companheira que teria matado a mulher ainda no dia 12 e levado o corpo para a beira do rio.
Porém, o suspeito se apresentou na delegacia de Piratuba no dia 17 de fevereiro do ano passado e confessou o crime. Segundo o relato, ele contou que matou a companheira, após uma discussão, por estrangulamento, no dia 12.
Ele deixou o corpo da vítima na casa até o dia 13, dois dias após a morte, e levou a mulher, no próprio carro, até a beira do rio. No local, queimou o corpo por cerca de três horas e jogou o que sobrou na água.
Mulher assassinada já foi condenada por matar o 1º marido
Lorimar já havia sido condenada a 15 anos de prisão por matar o primeiro marido há cerca de 14 anos em Tangará, também no Meio-Oeste. A morte de Valdenir Zanon ocorreu no dia 18 de março de 2010, por volta das 4h da manhã. Ele foi morto no interior da casa em que vivia com Lorimar.
Conforme consta no processo julgado no Fórum de Tangará, a mulher, aproveitando que o homem dormia, teria amarrado os pés e mãos com um fio nylon, o impossibilitando de qualquer forma de defesa.
Depois, com o uso de duas facas, uma tesoura e uma marreta, Lorimar teria desferido diversos golpes contra o então marido.
A mulher teria cometido o assassinato motivada por uma suposta traição por parte dele. A denúncia foi feita no dia 5 de julho de 2010 e a defesa de Lorimar solicitou a realização de exame de insanidade mental.
Lorimar chegou a cumprir parte da pena, mas acabou sendo liberada após um exame de sanidade mental atestar sua imputabilidade. Além do homicídio, a mulher já havia sido acusada de outros crimes, como lesão corporal, perturbação, vias de fato e ameaça.