Terra de Barolo e Barbaresco, Piemonte também produz grandes brancos


Conheça Gavi e Arneis, vinhos perfeitos com frutos do mar e peixe. No Piemonte nascem dois dos tintos mais lendários da Itália, Barolo e Barbaresco. Mas a região, localizada no noroeste do país, é terreno fértil também para grandes rótulos brancos. Os mais renomados são Gavi e Roero Arneis.
A produção de brancos piemonteses é pequena, mas de grande qualidade. Eles são produzidos principalmente em Gavi e Roero, dois pequenos municípios situados no sul do Piemonte e relativamente próximos do mar.
Gavi

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Gavi é uma Denominação de Origem Controlada e Garantida (DOCG) que, além da cidade de Gavi, engloba mais dez pequenas aldeias, a 30 quilômetros do mar. Aqui, entre bosques, vales e colinas, se estendem os vinhedos de Cortese, uva branca autóctone com a qual se elabora o grande branco piemontês: o Gavi.
Nas décadas de 1960 e 1970, essa bebida foi considerada por especialistas o melhor vinho branco seco da Itália, alcançando uma grande popularidade mundial. A Cortese origina vinhos vibrantes, com toques cítricos e minerais, perfeitos para acompanhar peixes, frutos do mar e culinária japonesa.
Um dos grandes exemplos é o Gavi DOCG Palás, rótulo da prestigiada vinícola Michele Chiarlo. Apresenta aromas florais com notas de pêssegos brancos e, em boca, é elegante, com ótima acidez e equilíbrio. É perfeito num dia de calor ou como aperitivo, com antepastos delicados, peixes e comida picante.
Roero Arneis

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A cerca de 60 km a oeste de Gavi se estende a Denominação de Origem Controlada e Garantida (DOCG) de Roero Arneis, onde se produz vinho branco a partir da uva Arneis, conhecida pelo menos desde o final do século XV e apelidada de Nebbiolo branca.
A origem do nome é incerta, mas uma das versões mais aceitas, inclusive pelos próprios produtores, dá conta de que a palavra Arneis indicaria, no dialeto local, uma pessoa extrovertida, um pouco rebelde, original e simpática ao mesmo tempo. Características que são também próprias do vinho.
Os vinhedos de Arneis, que haviam encolhido ao longo dos séculos, foram resgatados na década de 1970. Hoje a DOCG Roero engloba 19 municípios localizados na margem esquerda do rio Tanaro.
É uma variedade que prefere solos arenosos e de origem marinha, e dá vida a buquê de aromas herbáceos, frutados e florais, como tília, sálvia e folha de tomate.
Um belo exemplo é o Roero Arneis DOCG Le Madri, da vinícola Michele Chiarlo e disponível no Brasil. Entre os aromas se destacam frutas de polpa branca e notas de flor de acácia. Em boca, é saboroso, equilibrado, com excelente acidez e persistência. A colheita é manual e o vinho descansa por três meses depois da vinificação, sur lies.

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