Os candidatos à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB) participaram nesta quarta, 14, de um debate eleitoral promovido pelo Estadão, Terra FAAP. Durante o terceiro bloco de discussão, o psolista deu dois tapas na carteira de trabalho exibida pelo oponente.
Em mais de um momento do debate, Marçal tira uma carteira de trabalho do bolso interno e estira o documento para Boulos. Em determinado momento, o debate tinha acabado e Marçal seguiu Boulos segurando o objeto. Os dois se sentam lado a lado e Boulos se irrita com o movimento do oponente e dá um tapa no objeto. Os dois brigaram, também, com dedo na cara e voz elevada. A produção do debate interviu e pediu para Marçal guardar a carteira de trabalho. Irritado, Boulos se levanta da cadeira e anda para outro ponto no palco.
Bate boca anterior
O desentendimento com a carteira de trabalho foi no terceiro bloco logo antes do tapa, Boulos e Marçal perderam a paciência um com o outro e trocaram ofensas como “aspirador de pó”, “mentiroso compulsivo”, “psicopata” e “mau caráter”.
Como começou briga?
A briga mais séria entre Marçal e Boulos começou quando o candidato do PRTB comentou que gostaria de fazer o prédio mais alto do mundo em São Paulo. Boulos trouxe à tona a condução anterior de Marçal por furto qualificada (prescrita posteriormente):
“Marçal, você não deveria nem estar aqui porque no último debate você disse que deixaria sua candidatura se eu mostrasse a sua condenação como ladrão da banco, mas você mais uma vez mostrou que não tem palavra.”
Marçal, então, partiu com críticas para aliados de Boulos e do PSOL: “Você está me confundindo com o quadrilheiro chamado Luiz Inácio Lula da Silva, José Genoíno, Zé Dirceu, você que é o PT Kids aqui de São Paulo, o PSOL é uma grande merda nessa eleição.”
Também negou a condenação: “Não tem condenação, eu trabalhei para um cara, consertando computadores, a grande verdade é porque você não pediu a sua música no Fantástico, já que foi preso três vezes?”
Boulos debochou da fala do oponente: “Marçal, você é um mentiroso compulsivo, é viciado em mentir. Você é o Padre Kelmon dessa eleição.”
Foi nesse momento que surgiu a carteira de trabalho que depois gerou discórdia: “Eu sou o padre Kelmon, eu vou exorcizar o demônio, com a carteira de trabalho, você nunca vai ser prefeito de São Paulo enquanto tiver homem nessa cidade.”
Na sequência, Boulos relembrou que era professor da PUC e que não acredita em fake news. A resposta de Marçal foi chamar o Psolista de “maior aspirador de pó da cidade.”
Boulos não gostou da ofensa e respondeu: “O que você vai fazer com um cidadão desse? É uma coisa indignante, esse cara não tem limite. Não tem limite ético, moral, uma pessoa rebaixada, é isso que você é. Às vezes eu fico em dúvida se você é só mau caráter ou é psicopata, você vem aqui para mentir, para lacrar para a rede social.”
Marçal rebateu: “Você é um rebaixado, agora quer bancar o santo, converteu, agora é assembleano, não usa drogas. Qual a música que você vai pedir no Fantástico pelas três vezes que você foi preso?”
Novamente, Boulos disse que Marçal estava mentindo sobre o assunto.
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