Imagens de satélites mostram que o avião da Voepass que caiu em Vinhedo, na sexta-feira (9), enfrentou um sistema frontal de turbulência e temperaturas variando entre -45°C e -60°C, todas abaixo do ponto de congelamento. O presidente da Voepass se pronunciou pela primeira vez após o acidente.
Avião da Voepass enfrentou situação difícil, diz meteorologista
O sistema de turbulência é caracterizado pela formação de nuvens do tipo cirrocumulus, criadas por conta da pressão atmosférica e da alta umidade. As informações são do O Globo.
Segundo o meteorologista do Lapis (Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites) as condições na região são consideradas “caóticas” e podem ter afetado a aerodinâmica do avião. Ele explica ainda que o excesso de umidade se transformou em gelo por conta das condições atmosféricas.
As imagens de satélite mostram o momento crítico na região momentos antes do avião da Voepass começar a cair, e do contato com o solo às 13h25.
Presidente da Voepass diz que empresa priorizava ‘segurança’
Na terça-feira (13) o presidente e co-fundador da Voepass, José Luiz Felício Filho, se pronunciou pela primeira vez após o acidente e citou que a empresa sempre prezou pela “segurança operacional”.
“Desde que assumi a presidência dessa empresa, em 2004, sempre construí uma base com diretrizes sólidas, pautadas pelas melhores práticas internacionais para garantir a segurança operacional de todos”, afirmou.
“Como presidente e cofundador dessa empresa, estou aqui para dizer que é um momento de grande pesar para todos nós da família Voepass. Toda a nossa equipe está voltada para garantir a assistência irrestrita aos familiares das vítimas”, explica.
O IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo divulgou na segunda-feira (12) que as 62 vítimas na queda do avião da Voepass morreram por politraumatismo, quadro comum em acidentes aéreos. O diretor do IML, Vladimir dos Reis, afirmou que, com o impacto do avião no solo, todas as pessoas morreram de forma instantânea.
*Com informações do O Globo.