Potiguar é confirmado como 62ª vítima de avião que caiu em Vinhedo


O nome do representante comercial Constantino Thé Maia não constava na lista inicial de passageiros embarcados, divulgada pela VoePass nesta sexta-feira (9). Constantino Thé Maia, 62ª vítima de acidente aéreo em Vinhedo
Arquivo pessoal
O potiguar Constantino Thé Maia, de Parnamirim, na Grande Natal, é uma das vítimas da queda de um avião na tarde desta sexta-feira (9) em Vinhedo, em São Paulo. A informação foi confirmada pela VoePass na manhã deste sábado, ampliando o número de vítimas fatais para 62.
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O nome de Constantino não constava na lista inicial de passageiros embarcados. De acordo com a companhia, uma questão técnica referente às validações de check-in e contagem de passageiros impossibilitou que o nome do potiguar estivesse na primeira lista divulgada.
“A companhia desde ontem presta atendimento e oferece suporte à família de Constantino, que já recebe todo apoio para seu deslocamento até São Paulo”, afirmou, em nota.
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Constantino retornava para casa após um compromisso profissional – ele atuava como representante comercial. Ele embarcou no interior do Paraná com destino ao Aeroporto de Guarulhos. De lá embarcaria em um novo voo, com destino final a Natal. O potiguar era casado há 25 anos e deixa duas filhas.
A informação de que o potiguar estava no voo tinha sido apurada inicialmente pela EPTV, afiliada TV Globo. Familiares confirmaram que a última vez que ele visualizou o WhatsApp tinha sido às 11h56 da sexta, próximo ao horário da decolagem em Cascavel.
Escombros de avião em Vinhedo (SP) neste sábado, dia 10 de agosto de 2024
Nelson Almeida/AFP
A aeronave saiu de Cascavel, no Paraná, com destino a Guarulhos, em São Paulo. Estavam a bordo 58 passageiros e 4 tripulantes, segundo a Voepass Linhas Aéreas, antiga Passaredo, companhia aérea dona da aeronave. Ninguém sobreviveu.
Constantino é o segundo morador do Rio Grande do Norte entre as vítimas. O cearense Thiago Almeida Paula, de Mossoró, no Oeste potiguar, também estava no voo.
A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, lamentou a morte do representante comercial. “Acabo de receber a confirmação de que o potiguar Constantino Thé Maia, irmão do policial militar Thé Maia, também está entre as vítimas do acidente aéreo em Vinheto. Lamento profundamente essa perda e rogo a Deus que dê o conforto a todos os familiares neste momento de luto e dor”
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A queda
De acordo com a Voepass Linhas Aéreas, antiga Passaredo, companhia aérea dona da aeronave, as vítimas estavam em um avião turboélice de passageiros, modelo ATR-72, que saiu de Cascavel (PR) às 11h58 com destino a Guarulhos (SP).
Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o voo ocorreu dentro da normalidade até as 13h20, mas a partir das 13h21 a aeronave não respondeu às chamadas da torre de São Paulo, bem como não declarou emergência ou reportou estar sob condições meteorológicas adversas. “A perda do contato radar ocorreu às 13h22”.
A companhia aérea afirmou em nota que o avião que caiu estava apto a voar e sem restrições. O Cenipa, órgão da aeronáutica responsável pela investigação do acidente, disse em coletiva que ainda é prematuro apontar as causas do acidente.
A Anac informou que a aeronave se encontrava em condição regular para operar, com certificados de matrícula e de aeronavegabilidade válidos, além dos tripulantes com documentação em dia.
“O voo contava com quatro tripulantes a bordo no momento do acidente e todos estavam devidamente licenciados e com as habilitações válidas”, disse a Anac.
Segundo o secretário de Segurança de Vinhedo, Osmir Cruz, a aeronave caiu próximo de uma residência com moradores dentro, mas nenhuma pessoa em solo ficou ferida.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) lamentou o acidente e disse que vai monitorar “a prestação do atendimento às vítimas e seus familiares pela empresa, bem como adotando as providências necessárias para averiguação da situação da aeronave e dos tripulantes”.
A Polícia Federal instaurou inquérito para investigar o acidente. Um ‘gabinete de crise’ foi montado pela corporação na casa de um morador dentro do condomínio onde houve a tragédia.
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