Tecnologia avançada minimamente invasiva reduz o tempo de recuperação do paciente e aumenta a precisão na retirada de tumores. A cirurgia robótica torácica está revolucionando o tratamento do câncer de pulmão ao combinar precisão e conforto para os pacientes. Com a previsão de 30 mil novos casos da doença no país este ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a modalidade minimamente invasiva representa um importante avanço em saúde e qualidade de vida. Por meio de pequenas incisões e microcâmeras que fornecem imagens tridimensionais, a tecnologia combinada com a destreza do cirurgião, proporciona acesso mais preciso a áreas lesionadas e melhora a recuperação pós-operatória.
Durante o procedimento, o cirurgião controla os instrumentos robóticos a partir de um console. A tecnologia é equipada de pinças maleáveis, que se assemelham aos movimentos das mãos, permitindo uma manipulação precisa do pulmão e dos linfonodos, pequenas glândulas do sistema linfático, estruturas cruciais na disseminação do câncer.
Como explica o cirurgião torácico da Oncomed – MT, Vinicius de Almeida, (CRM 5040-MT | RQE 2618), o procedimento cirúrgico é o que proporciona resultados mais efetivos no combate ao câncer de pulmão. “A principal vantagem dessa modalidade é a ampliação do leque de pacientes que podem ser operados, dado seu caráter minimamente invasivo. Isso é importante para casos em que, devido a condições clínicas pré-existentes, a cirurgia convencional não é indicada”.
Dr. Vinicius de Almeida, cirurgião torácico.
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Nova abordagem – Outro aspecto inovador é o uso da neoadjuvância, que consiste em sessões de quimioterapia antes do procedimento cirúrgico para reduzir o tamanho do tumor. “Estudos demonstram que essa abordagem não só melhora os resultados da cirurgia, como também contribui para uma maior sobrevida dos pacientes. Além disso, há evidências de que a terapia neoadjuvante oferece um controle mais eficaz da doença após o tratamento”, explica o médico.
Antes da cirurgia – Nos casos em que o procedimento não necessita de urgência, os pacientes passam por um preparo com uma equipe multidisciplinar. Entre 30 e 45 dias antes da cirurgia, são realizados exames de espirometria para avaliar a função pulmonar e sessões de fisioterapia. Esses passos asseguram que o paciente esteja em condições adequadas para a cirurgia e auxilia no processo de recuperação, principalmente nos casos em que a pneumectomia, cirurgia que retira um dos pulmões, é necessária.
E depois? – Os pacientes submetidos à cirurgia robótica torácica passam por um tempo de recuperação reduzido e um pós-operatório mais tranquilo. Enquanto o procedimento convencional pode exigir um período de reabilitação de 45 a 60 dias, a técnica robótica reduz o prazo para cerca de 15 dias. A principal razão para a recuperação mais rápida é a natureza minimamente invasiva do procedimento, que causa menos trauma aos tecidos e promove uma cicatrização mais eficiente, além de reduzir a dor pós-operatória.
Após a cirurgia, o tratamento pode ser complementado com imunoterapia ou quimioterapia, dependendo das necessidades e características individuais.
Mesmo com os avanços tecnológicos, a prevenção continua a desempenhar um papel fundamental no combate ao câncer de pulmão. De acordo com o Inca, apenas 20% dos casos são passíveis de cirurgia, uma vez que a doença frequentemente é diagnosticada em estágios avançados. Adotar hábitos de vida saudáveis, como evitar o consumo de tabaco e álcool, é essencial para reduzir a incidência da doença.
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