Oposto do El Niño, o fenômeno La Niña deve chegar entre setembro e novembro. A informação é do Centro de Previsão Climática dos Estados Unidos (CPC/NCEP), que aponta a probabilidade de 66% do evento climático acontecer. De forma resumida, o La Niña consiste no resfriamento das águas do Oceano Pacífico. Mas o que isso significa na prática? Devemos esperar consequências extremas como as ocasionadas pelo El Niño?
De chuvas volumosas até secas intensas, os efeitos do La Niña são variados e dependem da localidade na qual ocorrem. No Brasil, por exemplo, os estados do sul devem estar preparados para um período de seca.
Abaixo, entenda o que é o La Niña e como ele deve mudar o clima nos próximos meses.
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O que é o La Niña
Durante o La Niña, os ventos alísios, que carregam a água quente para o oeste, ficam mais intensos. As massas de ar deslocam-se em direção à Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), nuvens que circulam todo o globo terrestre na região equatorial.
Como consequência, as águas quentes da superfície do oceano são deslocadas em maior quantidade para o oeste e as águas frias emergem. Logo, a temperatura diminui na região próxima à costa oeste da América do Sul e o clima fica mais úmido na Austrália e Indonésia.
O fenômeno pode atingir todas as regiões do Brasil, gerando secas severas em alguns locais e chuvas torrenciais em outros.
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Como o La Niña deve afetar o clima no Brasil
Em 2021 e 2022 o La Niña teve efeitos severos sobre o sul da Bahia, com chuvas intensas e longas. Isso causou cheias que levaram a enchentes em diversos municípios. Várias pessoas ficaram desabrigadas na época. Estas chuvas abundantes também podem afetar a Amazônia, outras partes da região Norte e Nordeste.
Já do outro lado do país, no Sul, podem ocorrer secas severas e muito calor. Em 2022, os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul foram atingidos com o evento climático. No Centro-Oeste e Sudeste não é possível prever as consequências.
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Lá fora, podem ocorrer chuvas fortes e aumento da temperatura no leste asiático (que é composto por países com a China, Japão, Coreia do Sul e Mongólia) e sudeste asiático (que é composto por países como Arábia Saudita, Iraque, Filipinas e Tailândia). O mesmo ocorre na Oceania, que é formada pela Austrália, Fiji, Nova Zelândia, Samoa e outros países.
Já na América Central é esperado frio intenso combinado com chuvas volumosas. Na América do Norte, frio severo.
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