Tensão, angústia e choque: Profissão Repórter mostra como foram os primeiros momentos após a queda do avião em Vinhedo


A equipe conversou com testemunhas e autoridades e mostrou a movimentação após o ocorrido nos aeroportos em Cascavel, no Paraná, e em Guarulhos, em São Paulo. Edição de 13/08/2024
O Profissão Repórter desta terça-feira (13) revelou os bastidores dos primeiros momentos após o acidente do avião que caiu em um condomínio em Vinhedo, no interior de São Paulo. Saiba mais abaixo.
Movimentação no local do acidente em Vinhedo
Como foram os primeiros momentos após a queda do avião em Vinhedo
Sete horas após o acidente, a polícia ainda realizava os primeiros levantamentos. Nenhuma vítima havia sido retirada do local. Enquanto isso, a imprensa se concentrava no portão central do condomínio, tentando registrar alguma cena. Correspondentes internacionais também estavam presentes.
Dez horas depois, foi iniciada a operação de retirada das vítimas. Veja no vídeo acima.
Exatamente 24 horas após o acidente, as autoridades organizaram a primeira coletiva de imprensa.
“Não houve, em nenhum momento, declaração de nenhum tipo de emergência da aeronave para os controles de tráfego aéreo”, declarou o chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), Marcelo Moreno.
Autoridades e testemunhas relatam detalhes de avião que caiu em condomínio em Vinhedo
O Profissão Repórter também conversou com testemunhas do acidente.
“Era um barulho horrível. Fui lá fora com a minha avó e vimos o avião caindo. O som era muito forte”, contou Manuela Crossi, moradora do condomínio.
Eduardo Rodrigues é produtor musical e estava no condomínio para gravar um clipe de rap quando o acidente aconteceu.
“A gente começou a escutar o barulho. Ai meu MC saiu na garagem, olhou para cima e falou: ‘Meu Deus, tem um avião caindo em cima de nós’. Eu pulei o moro, peguei meu celular e mandei para os meninos esses vídeos’, relatou Eduardo.
Encontros e despedidas emocionantes em Cascavel
Um dia após tragédia em Vinhedo, Aeroporto de Cascavel é marcado por despedidas e encontros emocionantes
Profissão Repórter também mostrou o que aconteceu no Aeroporto de Cascavel um dia após a tragédia. Foi de lá que o voo 2283 decolou com destino a Guarulhos. A reportagem flagrou encontros e despedidas emocionantes. Veja no vídeo acima.
“Quando acontece perto, quando acontece na nossa cidade, parece que não cai a ficha. Então podia ser eu, podia ser ela”, afirmou o empresário, Gabriel Bechi.
Diego Máximo é padrinho da Liz. Ela e o pai, Rafael, estavam no voo.
“A gente não quer que seja verdade, a gente quer dormir, acordar e achar que aquilo foi um sonho, que foi um pesadelo” , afirmou.
Ainda no aeroporto, a equipe testemunhou um pouco do trabalho dos funcionários da saúde para amparar uma mulher que perdeu o pai e a mãe que estavam no avião.
“É minha sobrinha. Eu perdi minha irmã e meu cunhado Maria Valdete Bartnik e Renato Bartnik. Eles iam para Rio de Janeiro visitar o irmão dele. Estava muito doente e acabou, infelizmente, não chegando no destino”, contou Ivair Bartnik, irmão de Maria Valdete.
Ele mostra uma foto deles no aeroporto no dia do acidente, antes de viajar. Veja imagem abaixo.
“Alegria dela era sair, viajar. Infelizmente chegou a hora da pessoa, é complicado”.
Maria Valdete Bartnik e Renato Bartnik
Reprodução/TV Globo
Famílias no IML-SP
Familiares de vítimas do avião que caiu em Vinhedo são atendidas no IML para reconhecimento dos corpos
Na manhã seguinte ao acidente, a equipe foi ao Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo, onde foi montado um esquema especial para receber os corpos das vítimas. Durante todo o sábado (10), 26 famílias foram atendidas no IML central.
Camila Oliveira Duarte é prima do representante comercial Ulysses Oliveira, que tinha 42 anos. Ele estava voltando de um evento no Paraná. A esposa ficou em casa, em Fortaleza.
“Ele tinha ido participar de um evento lá no Paraná e acabou pegando esse voo para voltar para São Paulo e depois voltar para Fortaleza. A previsão de chegada dele em Fortaleza era hoje para assistir ao jogo do time do coração dele, o Fortaleza. E amanhã, Dia dos Pais, ele ia estar em casa”, contou Camila.
Ulysses Oliveira e a esposa
Reprodução/TV Globo
No local, a equipe também conversou com Fátima Albuquer, mãe e da médica Arianne, que viajava para participar de um Congresso. Emocionada, ela insiste que não foi uma fatalidade e questiona as condições de operação dos aviões da companhia Voepass.
“Se a gente não aproveitar esse fato, virão outros e outros. Eles põem essas latas velhas que chamam de avião”, ressaltou.
Médica Arianne
Reprodução/TV Globo
Um vídeo postado nas redes sociais mostra que no dia anterior, a mesma aeronave viajou com o sistema de ar-condicionado quebrado. O avião tinha um histórico com outros problemas.
A Voepass afirmou que, depois do incidente, a ATR realizou um reparo temporário no avião, o que permitiu o traslado para Ribeirão Preto, onde passou por um reparo definitivo, e que esse traslado teve autorização da ANAC. A Voepass afirmou ainda que não houve necessidade de atestado ou autorização especial para o retorno ao serviço porque o certificado de aeronavegabilidade estava válido e todos os reparos realizados.
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