Para observar o fenômeno, a dica é esperar a madrugada (perto das 2h30 da manhã) e procurar a porção leste do céu (lado onde o Sol nasce), até eles desaparecerem de vista com o nascer do Sol. Júpiter (esquerda) e Marte em duas fotos capturadas pela Nasa em 2017 e 2003, respectivamente.
Nasa
Um dos mais aguardados espetáculos celestiais do ano, a conjunção de Júpiter e Marte, que estão alinhados desde a última terça-feira (13), alcançará seu pico nesta madrugada de quarta-feira (14), com boas chances de observação em todo o Brasil (se as condições climáticas forem favoráveis, claro)
Durante esse período, os dois planetas parecerão estar quase se tocando no céu.
De acordo com o Observatório Nacional (ON), apesar de Marte e Júpiter se aproximarem visualmente no céu a cada 825 dias, a próxima vez que parecerão tão próximos será somente em dezembro de 2033.
Ainda segundo o ON, até a próxima sexta (16), a proximidade entre Marte e Júpiter será inferior a 1 grau (algo como um terço da largura da lua), sendo que nesta quarta, a separação aparente entre o Planeta Vermelho e o gigante gasoso atingirá seu ponto mínimo.
Para observar o fenômeno, a dica é esperar a madrugada (perto das 2h30 da manhã no horário de Brasília) e procurar a porção leste do céu (lado onde o Sol nasce), até eles desaparecerem de vista com o amanhecer.
Entre 04h45 e 05h15 da madrugada, ambos os planetas estarão mais alto no céu e a luz aurora ainda não interferirá, o que facilitará ainda mais a observação.
Além disso, claro, o tempo também precisa ajudar.
Abaixo, veja mais eventos astronômicos relevantes do ano.
Chuvas de meteoro 🌠
No total, teremos 12 chuvas de meteoro relevantes, segundo o Observatório Real de Greenwich. Veja abaixo as que já aconteceram e as que ainda vão acontecer:
Quadrantidas: ativa de 28 de dezembro de 2023 a 12 de janeiro de 2024 (pico para visualização do fenômeno: de 3 a 4 de janeiro). Pico de meteoros por hora: 110.
Liridas: ativa de 14 a 30 de abril (pico: de 22 a 23 de abril). Pico de meteoros por hora: 18.
Eta Aquaridas: ativa de 19 de abril a 28 de maio (pico: 6 de maio). Pico de meteoros por hora: 50.
Alpha Capricornídeos: ativa de 3 de julho a 15 de agosto (pico: 30 de julho). Pico de meteoros por hora: 5.
Delta Aquáridas: ativa de 12 de julho a 23 de agosto (pico: 30 de julho). Pico de meteoros por hora: 25.
Perseidas: ativa de 17 de julho a 24 de agosto (pico: de 12 a 13 de agosto). Pico de meteoros por hora: 100.
Draconidas: ativa de 6 a 10 de outubro (pico: de 8 a 9 de outubro). Pico de meteoros por hora: 10.
Orionidas: ativa de 2 de outubro a 7 de novembro (pico: de 21 a 22 de outubro). Pico de meteoros por hora: 25.
Tauridas: ativa de 10 de setembro a 20 de novembro no Hemisfério Sul (pico: de 10 a 11 de outubro no Hemisfério Sul). Pico de meteoros por hora: 5.
Leônidas: ativa de 6 de novembro a 30 de novembro (pico: 18 de novembro). Pico de meteoros por hora: 10.
Geminidas: ativa de 4 a 20 de dezembro (pico: de 14 a 15 de dezembro). Pico de meteoros por hora: 150.
Ursidas: ativa de 17 a 26 de dezembro (pico: 23 de dezembro). Pico de meteoros por hora: 10.
O que é um eclipse?
Conjunções planetárias🪐🔭
As principais conjunções planetárias (quando mais de dois planetas aparecem próximos no céu) do ano acontecerão nas seguintes datas, de acordo com o Observatório de Valongo:
27 de agosto – Conjunção entre a Lua, Marte e Júpiter durante a madrugada (após as 3h), direção leste, na constelação de Touro.
5 de agosto – Conjunção da Lua, com Vênus e Mercúrio antes do anoitecer, direção oeste, na constelação de Leão. Nos dias 5 e 6, Lua, Vênus, Mercúrio e a estrela Regulus formarão um belo quarteto celeste.
15 de julho – Conjunção entre Marte e Urano antes do amanhecer, direção leste, na constelação de Touro. Os astros estarão separados por apenas 0,5 grau. Urano poderá ser visto apenas com uso de binóculos, em céus escuros.
4 de junho – Conjunção entre Júpiter e Mercúrio, direção leste, na constelação de Touro. Os astros estarão separados por apenas 0,1 grau, mas estarão muito próximos do horizonte, durante o crepúsculo, um pouco antes do amanhecer.
20 de abril – Conjunção entre Júpiter e Urano, direção oeste, na constelação de Áries. Os astros estarão separados por apenas 0,4 grau, mas estarão muito próximos do horizonte oeste, durante o crepúsculo. Urano poderá ser visto apenas com uso de binóculos, em céus escuros.
10 de abril – Conjunção entre Marte e Saturno antes do amanhecer, direção leste, na constelação de Aquário. Os astros estarão separados por apenas 0,7 grau.
7 de abril – Marte, Saturno, Lua e Vênus irão formam um quarteto celeste antes do amanhecer, direção leste, entre as constelações de Aquário e Peixes.
30 de março – Marte, Saturno e Vênus estarão visualmente alinhados antes do amanhecer, direção leste, na constelação de Aquário.
21 de março – Conjunção entre Vênus e Saturno antes do amanhecer, direção leste, na constelação de Aquário. Os astros estarão separados por apenas 0,3 grau.
28 de fevereiro – Conjunção entre Saturno e Mercúrio com o Sol.
22 de fevereiro – Conjunção entre Marte e Vênus antes do amanhecer, direção leste, na constelação de Capricórnio. Os astros estarão separados por apenas 0,6 grau.
27 de janeiro – Conjunção entre Marte e Mercúrio antes do amanhecer, direção leste, na constelação de Sagitário. Os astros estarão separados por apenas 0,4 grau.
Cometas mais brilhantes ☄️
Os cometas são grandes objetos feitos de poeira e gelo que orbitam o Sol. Neste ano, os destaques de observação ficam com os seguintes astros:
C/2021 S3 (PANSTARRS). Período de visibilidade: de janeiro a junho. Brilho Máximo: março. Visibilidade: por meio de binóculos, em céus escuros, durante a madrugada.
C/2023 A3 (Tsuchinschan-ATLAS). Período de visibilidade: de setembro a novembro. Brilho Máximo: outubro. Visibilidade: final da madrugada (começo de outubro) e começo da noite (final de outubro), por meio de binóculos.
12P/Pons-Brooks (ou Cometa do Diabo). Período de visibilidade: de fevereiro a junho. Brilho Máximo: abril. Visibilidade: por meio de binóculos, no começo da noite.
13P/Olbers. Período de visibilidade: de junho a agosto. Brilho Máximo: julho. Visibilidade: por meio de binóculos, no começo da noite.
62P/ Tsuchinschan 1. Período de visibilidade: de janeiro a março. Brilho Máximo: janeiro. Visibilidade: por meio de binóculos, durante a madrugada.
144P/Kushida. Período de visibilidade: de janeiro a fevereiro. Brilho Máximo: janeiro. Visibilidade: por meio de pequenos telescópios, em céus escuros, durante o começo da noite.
A poluição deixa mesmo o céu mais bonito?