Na tarde da última sexta-feira (9), um trágico acidente aéreo ocorreu em Vinhedo, interior de São Paulo, envolvendo um avião da Voepass Linhas Aéreas.
O voo 2283, operado por um turboélice ATR-72, partiu de Cascavel, Paraná, com destino a Guarulhos, São Paulo, e caiu em uma área residencial, resultando na morte de 61 pessoas a bordo, incluindo 57 passageiros e 4 tripulantes.
Causas e investigações
As primeiras informações indicam que a aeronave não havia feito contato com a torre de controle antes do acidente. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) confirmou que os gravadores de dados e de voz foram recuperados e enviados para Brasília para análise detalhada.
A Voepass e a fabricante do avião, ATR, colaboram com a investigação. Representantes da ATR foram convocados da França e do Canadá para apoiar o processo investigativo.
A companhia aérea negou que a formação de gelo nas asas tenha sido a causa da queda, afirmando que o sistema de degelo estava operacional.
O diretor de operações da Voepass, Marcel Moura, e o CEO, Eduardo Busch, asseguraram que, até o momento, não há indicações de falhas técnicas graves antes da decolagem.
Resposta e ações emergenciais
Em resposta à tragédia, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, anunciou a criação de um gabinete de crise composto por representantes do governo federal, estadual, Força Aérea Brasileira, Defesa Civil e Anac.
O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, também decretou três dias de luto no Estado e expressou solidariedade às vítimas e suas famílias.
O local do acidente, no bairro Capela, foi rapidamente isolado, e equipes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Polícia Militar foram mobilizadas.
Não houve vítimas em solo, apesar de o avião ter caído em um condomínio residencial. A prefeitura de Vinhedo também decretou luto oficial de três dias.
Detalhes sobre as vítimas
Os quatro tripulantes do voo eram Danilo Santos Romano, comandante do voo; Humberto de Campos Alencar e Silva, co-piloto; Débora Soper Avila e Rubia Silva de Lima,comissários de bordo.
Romano, com experiência em diversas companhias aéreas, havia sido promovido a comandante na Voepass em julho do ano passado. Avila e Lima também tinham histórico de trabalho na Avianca.
Condições no local e identificação das vítimas
O acidente causou comoção internacional e as caixas pretas da aeronave foram recuperadas para análise. O Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo e o Instituto de Medicina Social e Criminologia do Estado de São Paulo (IMESC) estão envolvidos na identificação das vítimas, um processo complicado devido à falta de estrutura em Vinhedo.
O acidente e suas consequências continuam a ser investigados, e as autoridades trabalham para esclarecer as causas e oferecer suporte às famílias das vítimas.
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