*Com informações de Pedro Lopes
A entrada e saída de veículos da Defesa Civil e da Polícia Científica ainda é recorrente no condomínio Recanto Florido, em Vinhedo, onde o avião da Voepass caiu na última sexta-feira (9), matando 62 pessoas. Essa movimentação, porém, tem se tornado menos intensa ao longo dos dias – o contrário do que acontece com as homenagens, que têm crescido.
Desde segunda-feira (12), vizinhos têm ido à porta do condomínio para deixar flores, movimento que se intensificou nesta terça-feira (13).
“O amor cura”, diz um dos bilhetes deixados junto com as flores na entrada do condomínio.
Ontem, a aposentada Ivonete Estevam, moradora do condomínio ao lado, passou no local para deixar um vaso de flores.
Ela conta que viu o avião rodopiando na sexta-feira, e pensou que ele poderia cair sobre a sua casa. “Trouxe flores em homenagem aos que se foram”, afirma ela, que relata que a sensação é de “medo e tristeza”.
Já o bombeiro civil Cristiano Barbo, que mora próximo ao local e participou voluntariamente dos trabalhos realizados na sexta-feira, trouxe a sobrinha Emanuella para prestar homenagem às vítimas do acidente.
Os dois colocaram flores no local e fizeram uma oração. “É fácil louvar a Deus quando tudo vai bem. Trouxe minha sobrinha pra ensinar que a gente tem de agradecer por estar vivo”, disse ele.
Nesta terça-feira, mais pessoas vieram deixar flores em homenagem às vítimas, mas preferiram não dar entrevistas.
Investigações continuam
Nesta manhã, a Defesa Civil entrou no condomínio para realizar fotometria e escaneamento do local do acidente. O procedimento, considerado normal, deve ser finalizado até o meio-dia.
Inicialmente, esperava-se que a recuperação de malas e demais pertences pessoais dos passageiros fosse finalizada na quinta-feira, mas a expectativa já é de adiamento.