A presidente eleita do México, Claudia Sheinbaum, se negou a assumir qualquer posição que envolva o país em propostas de mediação para a crise política na Venezuela. Em uma declaração feita nesta segunda-feira (12), Sheinbaum disse que a responsabilidade de mediar a crise deve recair sobre organismos internacionais, e não sobre o México.
“Respeitamos a todos. Mas acima de tudo o direito dos venezuelanos de decidir quem os governa. Se há algum problema, para isso existem as instituições internacionais“, afirmou a futura presidente, sem mencionar quais seriam essas entidades.
A negativa da futura mandatária foi uma resposta à líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, que pedia à política mexicana que “ouvisse a dor das mães venezuelanas” para pressionar Maduro a deixar o poder.
Sheinbaum tomará posse em 1º de outubro para ocupar o lugar do presidente Andrés Manuel Lopez Obrador.
Balde de água fria
A fala de Sheinbaum pode abalar as esperanças da comunidade internacional, que via nos esforços coordenados do México, Brasil e Colômbia uma possível mediação para a crise política na Venezuela.
Nas últimas semanas, os três países emitiram nota em que afirmaram que exigiriam transparência por parte de Maduro, sem chancelar sua narrativa de que houve uma suposta vitória de seu campo na eleição. A medida teve o apoio de países como Alemanha, Reino Unido, França e Estados Unidos.
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