Em reunião no sábado (14), Lula ouviu que Congresso pode ajudar na tentativa do governo de ajustar as contas, mas não aumentando tributos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi alertado que o governo precisa entender não haver clima no Congresso para aumento de impostos.
O alerta foi dado na reunião de sábado (13) entre Lula, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e Arthur Lira (PP-AL). Na ocasião, o chefe do Planalto foi avisado que o Congresso pode ajudar o governo no ajuste fiscal, mas não por meio de aumento de impostos.
Motta tem explicado que foi obrigado a mudar de posição, depois de ter dito que a reunião do último dia 8, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi histórica. Porém, percebeu que a substituição do aumento de um imposto por outro não tinha apoio da Câmara.
Segundo ele, o presidente da Casa não pode ir contra a vontade do plenário, porque derrotaria o governo e a si mesmo.
Presidente da Câmara, Hugo Motta, diz que não há compromisso em aprovar propostas para aumento de impostos
Líderes partidários estão deixando claro que, nesta segunda-feira (16), a tendência é aprovar o requerimento de urgência do decreto legislativo que derruba o decreto de aumento do IOF, mas que o mérito do projeto fica para depois do São João, daqui a duas semanas.
Até lá, o desejo dos líderes é que o governo revogue tanto o decreto do IOF quanto a medida provisória que elevou o Imposto de Renda de aplicações financeiras.
Os próprios líderes governistas admitem que algumas medidas têm sentido, mas não há clima para aprovar qualquer elevação de tributo neste ano pré-eleitoral. Até lá, depois da semana do São João, governo e Congresso teriam tempo de negociar medidas de corte de gastos.
O governo, por outro lado, acredita que pode conseguir manter o último decreto sobre o IOF, porque ele trouxe mudanças negociadas com os líderes. E entende ainda que pode conseguir aprovar, pelo menos em parte, a MP editada na semana passada pelo Ministério da Fazenda.
Após reunião com Lula, Haddad confirma pacote para substituir alta do IOF: ‘Fazer justiça tributária’
A equipe econômica tem avisado que, sem o decreto do IOF e a MP, o governo terá de fazer novos bloqueios e contingenciamentos, atingindo até emendas.
A “ameaça” feita pelo governo, verbalizada pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães, foi mal-recebida pelos líderes partidários do Centrão.
Segundo eles, se os deputados têm a perder, o governo mais ainda. E apostar nesta linha vai ser um erro do governo. Eles lembram ainda que vários programas do governo poderiam parar, além de aumentar as incertezas fiscais e elevar o valor do dólar, prejudicando o combate à inflação.
O alerta foi dado na reunião de sábado (13) entre Lula, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e Arthur Lira (PP-AL). Na ocasião, o chefe do Planalto foi avisado que o Congresso pode ajudar o governo no ajuste fiscal, mas não por meio de aumento de impostos.
Motta tem explicado que foi obrigado a mudar de posição, depois de ter dito que a reunião do último dia 8, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi histórica. Porém, percebeu que a substituição do aumento de um imposto por outro não tinha apoio da Câmara.
Segundo ele, o presidente da Casa não pode ir contra a vontade do plenário, porque derrotaria o governo e a si mesmo.
Presidente da Câmara, Hugo Motta, diz que não há compromisso em aprovar propostas para aumento de impostos
Líderes partidários estão deixando claro que, nesta segunda-feira (16), a tendência é aprovar o requerimento de urgência do decreto legislativo que derruba o decreto de aumento do IOF, mas que o mérito do projeto fica para depois do São João, daqui a duas semanas.
Até lá, o desejo dos líderes é que o governo revogue tanto o decreto do IOF quanto a medida provisória que elevou o Imposto de Renda de aplicações financeiras.
Os próprios líderes governistas admitem que algumas medidas têm sentido, mas não há clima para aprovar qualquer elevação de tributo neste ano pré-eleitoral. Até lá, depois da semana do São João, governo e Congresso teriam tempo de negociar medidas de corte de gastos.
O governo, por outro lado, acredita que pode conseguir manter o último decreto sobre o IOF, porque ele trouxe mudanças negociadas com os líderes. E entende ainda que pode conseguir aprovar, pelo menos em parte, a MP editada na semana passada pelo Ministério da Fazenda.
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A equipe econômica tem avisado que, sem o decreto do IOF e a MP, o governo terá de fazer novos bloqueios e contingenciamentos, atingindo até emendas.
A “ameaça” feita pelo governo, verbalizada pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães, foi mal-recebida pelos líderes partidários do Centrão.
Segundo eles, se os deputados têm a perder, o governo mais ainda. E apostar nesta linha vai ser um erro do governo. Eles lembram ainda que vários programas do governo poderiam parar, além de aumentar as incertezas fiscais e elevar o valor do dólar, prejudicando o combate à inflação.