Após duas falhas e troca de avião, voo da Azul parte do Recife para Madri sem transtornos: ‘Clima tenso’


Airbus A330-941, com capacidade para levar até 467 pessoas, decolou às 19h08 desta sexta-feira (13). Por duas vezes só nesta semana, aeronave precisou voltar ao aeroporto após decolar. Após duas falhas e troca de avião, voo da Azul parte do Recife para Madri sem transtornos
Após duas falhas e com novo avião, o voo Recife–Madri, da Azul Linhas Aéreas, partiu, na noite desta sexta-feira (13), sem transtornos (veja vídeo acima). A aeronave decolou às 19h08, com previsão de chegar à capital da Espanha por volta das 7h30 do sábado (14), no horário europeu (2h30 no Brasil).
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Por duas vezes só nesta semana, o avião apresentou problemas técnicos e precisou retornar à capital pernambucana, após passar horas dando voltas no ar sobre o oceano.
A primeira tentativa foi realizada na terça (10), logo depois que o trecho foi inaugurado em cerimônia com a presença de autoridades no Aeroporto do Recife. A segunda ocorreu na quinta (12).
Em ambas as situações, o voo foi operado com a empresa Euroatlantic, utilizando a mesma aeronave: um Boeing 767-300, com capacidade para transportar 267 passageiros. Na terceira tentativa, a Azul fez a operação por conta própria, com um Airbus A330-941, que pode levar até 467 pessoas.
Antes do embarque, um dos passageiros do voo, Paulo Henrique Oliveira, disse à TV Globo que tinha muita apreensão para decolar.
“Estou, assim, com bastante medo do que pode acontecer porque já foram duas vezes e tenho um compromisso em Madri. Tenho família e coisas a fazer lá. E está um clima tenso. Estou com medo nem de perder minhas coisas lá. Estou com medo de [não] chegar lá bem. Quero chegar em segurança”, afirmou o turista, que é de Goiás.
Passageiros do voo Recife-Madri, da Azul, passaram por transtornos duas vezes após avião apresentar falha técnica no ar
Reprodução/TV Globo
Falha técnica no ar
Da primeira vez, o piloto relatou que o avião estava com problemas no “flap”, que são abas instaladas nas “asas” da aeronave. A estrutura funciona para ajudar na sustentação do avião, garantindo aterrissagem e decolagem seguras.
O voo foi inaugurado na noite da terça-feira (10), em cerimônia no aeroporto antes da decolagem. O Boeing deu 18 voltas sobre o oceano, num trecho próximo à praia de Ponta de Pedras, em Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, retornando para o Recife depois de quase duas horas.
Na quinta (12), os passageiros passaram pela mesma situação de novo. Após três horas de atraso, a aeronave decolou às 23h25, aterrissando de volta no Recife por volta das 2h30 desta sexta (13). Enquanto ficou no ar, o avião orbitou 20 vezes sobre o mar a poucos quilômetros da costa recifense.
Nessa segunda tentativa, a Azul também não especificou o problema técnico na aeronave e disse, em nota, que “solicitou retorno ao aeroporto de Recife devido a questões técnicas”. Nos dois incidentes, o piloto descartou combustível e ficou dando voltas para gastar querosene e reduzir o peso da aeronave.
De acordo com especialistas em aviação, tanto a queima de combustível quanto o descarte são previstos e fazem parte do procedimento quando um avião apresenta problema após decolar. Isso ocorre, principalmente, para preservar a estrutura da aeronave e garantir um pouso mais seguro.
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