
De acordo com a Defensoria Pública da Paraíba (DPE-PB), a mulher trans tentava há 28 anos mudanças no registro civil. Defensoria Pública da Paraíba
Defensoria Pública da Paraíba
Uma mulher trans em situação de rua conseguiu na Justiça o direito de mudar o nome e o gênero no registro cívil após 28 anos de tentativas. As informações foram confirmadas pela Defensoria Pública da Paraíba (DPE-PB), que representou a mulher trans no processo.
Conforme informações da defensoria, a mulher trans possuía apenas um registro antigo de certidão de batismo, ainda com o nome de nascimento, que não refletia sua identidade de gênero.
A decisão da Vara de Feitos Especiais de João Pessoa determinou a criação de uma nova certidão de nascimento com o nome feminino e a indicação do sexo que corresponde a identidade de gênero. Na sentença, o juiz Romero Carneiro Feitosa afirmou que “não se pode negar à parte autora o exercício do mais lídimo direito constitucional e de cidadania que é o direito à identidade”.
A decisão também confirmou que não seria necessária a cirurgia de redesignação sexual para alteração do gênero no registro civil e que essa eventual exigência viola o princípio da dignidade humana, especialmente quando se trata de pessoas em condição de extrema vulnerabilidade social.
Com a certidão viabilizada pela Justiça, a mulher trans vai ter acesso à serviços básicos como saúde, educação e assistência social, que requerem documentação oficial.
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