
A missão anunciada por Laysa Peixoto ao espaço, em 2029, com uma empresa dos Estados Unidos, dificilmente sairá do papel a tempo, segundo uma especialista ouvida pelo Portal iG e de acordo com pessoas atuantes no segmento aeroespacial que preferiram não se identificar.
A principal explicação é a dificuldade técnica envolvida em um projeto dessa dimensão. Além disso, há dúvidas se um dia a empreitada pode vir a dar certo, independentemente de quando.
A viagem espacial divulgada por Laysa no último dia 6 de junho não tem relação com a NASA, a agência espacial norte-americana.
Nos últimos anos, no entanto, a jovem tentou vincular seu nome à estatal.
Documentos, entrevistas e fontes oficiais analisados pelo iG revelam, porém, uma série de inconsistências e lacunas nas declarações dela nesse sentido, e algumas foram negadas pela própria NASA.
Detalhes da missão anunciada
No dia 06 de junho passado, Laysa, de 22 anos, afirmou, em suas redes sociais, que fará parte de um voo tripulado rumo ao espaço, com a Titans Space.
“Fui selecionada para me tornar astronauta de carreira (…) Sou oficialmente astronauta da turma de 2025 e farei parte do voo inaugural da Titans Space, comandado pelo astronauta veterano da NASA, Bill McArthur.”

A influenciadora também reforçou estar em fase de treinamentos suborbitais, e que representará o Brasil como a “primeira mulher brasileira a cruzar essa fronteira”.
O post no Instagram acumula mais de 80 mil curtidas no dia da publicação desta reportagem, e gerou repercussão entre entusiastas da ciência e veículos de imprensa.
O voo pouco provável da Titans Space Industries
Em meio a tantas informações da trajetória e das declarações de Laysa, pouco foi falado sobre a viabilidade do voo e os detalhes da empreitada.
A Titans Space Industries é uma startup da área espacial sem histórico de voos espaciais. A sede funciona em um escritório comercial em Orlando, nos Estados Unidos, e os materiais divulgados no site oficial se limitam a animações e vagas descrições sobre espaçonaves para 330 passageiros.
Um dos formulários para entrar na suposta missão está disponível online mediante pagamento de US$ 1 milhão (R$ 5,56 milhões na cotação atual), ou por meio de convite.
A proposta da Titans de lançar uma espaçonave até 2029 tem gerado ceticismo entre especialistas da área aeroespacial.

O projeto, que não apresenta até o momento nenhum voo de teste confirmado, é visto com cautela por quem acompanha os ciclos tradicionais de desenvolvimento de veículos espaciais tripulados.
“Do ponto de vista técnico e programático, a proposta levanta sérias dúvidas quanto à sua viabilidade no cenário atual da engenharia aeroespacial”, afirma Luísa Santos, especialista em Indústria e Sistemas Aeroespaciais pela Universidade de Buenos Aires (UBA).
Para contextualizar o desafio, ela cita o histórico de projetos semelhantes, especialmente no que diz respeito ao tempo necessário para o voo, desde a sua concepção.
“O Ônibus Espacial da NASA, que levava até oito tripulantes, levou cerca de nove anos desde seu início até o primeiro voo em 1981. Já a Starship da SpaceX, planejada para mais de 100 pessoas, está em desenvolvimento desde 2012, e só fez seu primeiro voo de teste integrado em 2023 — sem tripulação”
A ideia de transportar 330 pessoas em uma única missão, segundo Santos, pressupõe o uso de conceitos extremamente avançados e, principalmente, inéditos, como o Estágio Único à Órbita (SSTO).

“É uma tecnologia com alto grau de complexidade e que ainda não foi operacionalizada com sucesso em nenhum lugar do mundo.”
Além das barreiras técnicas, existem as regulatórias.
“A certificação de um veículo tripulado exige sistemas altamente redundantes e testes rigorosos, seguindo normas da FAA e da NASA. Esses sistemas envolvem, por exemplo, múltiplas camadas de segurança, computadores e sensores duplicados, fontes de energia de reserva e suportes vitais duplicados – ou seja, são literalmente veículos e subsistemas a mais embarcados para garantir que a missão continue mesmo em caso de falha de algum componente.’‘
”Quando se projeta um foguete, há todo um ciclo de modelos de teste — como protótipos, voos suborbitais e validações parciais — e, neste caso, me parece haver um desejo muito grande de alcançar um resultado ambicioso, mas com um nível de maturidade de projeto ainda muito baixo para isso”, completa Luísa Santos.

Sobre a missão da Titans, a especialista também chama a atenção para os custos bilionários. Afirma que projetos semelhantes necessitaram de investimentos de mais de US$ 5 bilhões (R$ 27,9 bilhões na cotação atual).
Apesar dos apontamentos, Santos pondera:
“Existe a chance da empresa estar desenvolvendo alguma tecnologia disruptiva ainda não tornada pública. Mas sem mais detalhes técnicos, é prudente considerar o cronograma anunciado como extremamente improvável”.
O iG entrou em contato com a empresa para confirmar a participação do astronauta veterano da NASA e de Laysa, assim como a previsão de lançamento para 2029, confrontando com a visão da especialista que afirmou ser uma missão pouco provável nesta data.
Até o momento da publicação desta reportagem, não obtivemos respostada Titans. O espaço segue aberto.
Referências à NASA e inconsistências nas declarações
No anúncio sobre a missão de 2029 com a Titans, chama a atenção o fato de Laysa utilizar uma jaqueta com a marca da NASA.
E em declarações anteriores, apesar de não ter utilizado a vestimenta, ela se apresentou com títulos e feitos sugerindo vínculos oficiais com a agência.
”Tenho muito orgulho de ser a primeira brasileira a liderar equipes na criação de tecnologias na NASA, sendo autora principal de três delas que serão lançadas à Lua, Marte e Enceladus nos próximos anos, e por ter sido selecionada para conduzir experimentos em gravidade zero, me tornando a primeira brasileira!”.
Enceladus é uma Lua de Saturno.

Em um segundo post, Laysa afirma:
“Transformando sonhos em realidade! Sou a primeira brasileira a liderar uma equipe na criação de tecnologias na NASA e em alguns meses,me tornarei a PRIMEIRA BRASILEIRA a liderar uma série de experimentos científicos em gravidade zero!”
Em uma das publicações, Laysa celebra sua aceitação no programa educacional L’SPACE, chamando-o de “academia da NASA” e afirmando estar cada vez mais próxima de seu “objetivo de trabalhar na agência”.

“Como Project Investigator no NASA L’SPACE Academy, estou trabalhando no desenvolvimento do AquaMoon, que tem como objetivo extrair água da subsuperfície da Lua para reduzir a dependência dos recursos naturais da Terra e prolongar a duração das missões espaciais.”
Sobre essa participação, a assessoria de imprensa de Laysa informou ao iG que ela integrou o programa educacional L’SPACE, promovido para estudantes com propostas de desenvolvimento tecnológico para a NASA, e que seu projeto, chamado AquaMoon, foi aceito dentro da iniciativa.
A equipe também diz que Laysa “nunca afirmou que trabalhava para a NASA”, e, sim, que “liderava equipes no programa educacional L’SPACE”.

A participação no programa, segundo eles, gera dois certificados vinculados à agência, o NPWEE e o Mission Concept Academy.
Respondendo aos questionamentos feitos pelo iG, a NASA, afirma que:
“O Programa L’SPACE é um workshop para estudantes — não é um estágio ou emprego na NASA. Seria inadequado alegar afiliação com a NASA como parte dessa oportunidade.”
Colegas de pesquisa desconfiaram
Em depoimentos anônimos, estudantes da Universidade Federal de Minas Gerais – onde a mineira estudou – disseram ao iG que em 2022 surgiram os primeiros sinais de inconsistência no que Laysa contava para a imprensa e para conhecidos sobre sua trajetoria.
Na época, ela promoveu uma vaquinha virtual para fazer um “curso da NASA”. Da meta de R$ 15 mil, obteve R$ 5,7 mil, de 86 apoiadores, segundo dado disponível até hoje no site da vaquinha.
Em uma entrevista ao portal G1 Minas, em maio de 2022, Laysa afirmou:
“Serei tripulante da Expedição 36 do curso Advanced Space Academy da NASA, em que serei treinada como astronauta. Esse é um grande passo na minha jornada até me tornar a primeira mulher brasileira a ir ao espaço, que é meu maior objetivo”.
Na mesma reportagem, consta que ela postou nos stories do Instagram a informação da conclusão do treinamento.

“AGORA É OFICIAL! Concluí meu treinamento de Astronauta!”, informou a então estudante nos stories do Instagram.
A seleção a que ela se referia não era para um treinamento oficial de astronautas.
O destino de Laysa seria, na verdade, o Nasa Advanced Space Academy, conhecido na área como “Space Camp”, um acampamento educacional nos EUA aberto a qualquer jovem, entre 15 e 18 anos, que pague uma taxa de cerca de 2 mil dólares.

Ao iG, a equipe de Laysa argumenta que, em 2022, ela concluiu o curso Advanced Space Academy, realizado no Alabama, com treinamentos no Marshall Space Flight Center e U.S. Space and Rocket Center.
Influenciador credenciado na NASA critica declarações de Laysa
Depois de uma série de inconsistências publicadas pela influenciadora, a primeira manifestação pública mais contundente veio de Pedro Pallotta, criador do canal Space Orbit – um dos maiores sobre astronomia e exploração espacial no Brasil. Ele foi o primeiro a reunir e publicar uma análise completa com as contradições encontradas no perfil de Laysa.
“A gente soltou o vídeo porque era muito absurdo”, afirmou à reportagem do iG. “A pessoa dizer que ela vai ser a primeira astronauta brasileira, acho que isso é uma palavra muito forte, é uma afirmação muito forte…”. Pallotta completa “a gente sabe como funciona a parte de seleção de astronautas, mesmo para astronautas de empresas privadas […] não é um sorteio aleatório”.

Pallotta detalha que já acompanhava o perfil de Laysa anteriormente, e que ele próprio reuniu as evidências. “Checar essas informações é muito importante, e foi algo que a gente fez, que acabou dando uma repercussão enorme, muito maior do que eu imaginava”.
O influenciador, que tem credenciamento pela NASA e SpaceX para coberturas de lançamentos espaciais, afirma que decidiu se posicionar por responsabilidade com seu público e com a reputação que construiu na área. “A Laysa fez um desserviço para a área espacial com essa história toda. Essa fantasia que ela criou sobre essa viagem dela, que é uma empresa que não tem nem pé nem cabeça”.
Integrantes do grupo de pesquisa Geração de Marte relataram ao iG que tentaram alertar a imprensa sobre as inconsistências nos relatos de Laysa desde 2023.
Elas participavam de iniciativas de divulgação científica nas quais a mineira também estava presente. Segundo elas, Laysa utilizou narrativas distorcidas em diferentes situações, o que motivou o grupo a postar uma nota de repúdio, com o apoio do influenciador Pedro Pallotta, do canal Space Orbit.

Por conta disso, as integrantes afirmam que acabaram sendo bloqueadas por Laysa nas redes sociais.
Posicionamento da NASA
Questionada pelo Portal iG se há alguma parceria entre a NASA e a Titans na empreitada e se a agência espacial norte-americana endossa o projeto, a estatal negou, e também refutou qualquer vínculo oficial com a brasileira.
“Essa pessoa não é uma candidata a astronauta. A agência também não tem nenhuma afiliação com a missão da Titan Space”.
A resposta foi assinada por Cheryl Warner, gerente de comunicações públicas da NASA, e enviada por e-mail à reportagem.
“Embora geralmente não comentemos sobre pessoal, essa pessoa não é funcionária da NASA, investigadora principal ou candidata a astronauta”

A reportagem também questionou a NASA sobre o uso do logotipo da agência por Laysa em conteúdos promocionais de uma missão privada, como a da Titans, anunciada por ela.

A agência indicou que há diretrizes de uso, e enviou um link oficial no qual consta como exigência, por exemplo:
“Se o material da NASA for usado para fins comerciais, incluindo anúncios, ele não deve transmitir, explícita ou implicitamente, o endosso da NASA a bens ou serviços comerciais.”
Sobre o uso da marca, a nota da assessoria de Laysa ao iG afirma que no post da missão com a Titans “em nenhum momento existe citação de que seria astronauta da NASA”, e que a publicação “não foi editada após a postagem”.
Trajetória estudantil
O nome de Laysa começou a ganhar projeção em 2020, ao ser premiada com a medalha de prata na 23ª edição da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, competição científica de nível nacional.
No mesmo ano, chegou à final da Competição Internacional de Astronomia e Astrofísica, na qual foi contemplada com a medalha de bronze.
Ganhou visibilidade e passou a ser mencionada na imprensa também por participar de uma iniciativa de descoberta de asteroides, promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.
Conhecida nas escolas como “Caça Asteróides”, a campanha é realizada em parceria com o International Astronomical Search Collaboration (IASC) e financiada pela NASA.

O objetivo é engajar estudantes dos ensinos básico e superior na análise de imagens reais do céu, com a possibilidade de identificar objetos celestes como asteroides.
Na edição de agosto de 2021, Laysa teve uma de suas detecções preliminares nomeada como LPS0003 (LP refere-se às iniciais do nome dela).
O IASC confirmou ao iG que a LPS0003 foi posteriormente reconhecida pelo Minor Planet Center como objeto provisório. E explicou que essa é a segunda de quatro etapas do processo de descoberta de um asteroide. Objetos provisórios, como o detectado por Laysa, podem levar de 6 a 10 anos para terem sua órbita confirmada e serem reconhecidos como asteroide.
No ano seguinte, em 2021, a jovem iniciou o curso de licenciatura em Física na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Segundo a universidade, ela não chegou a concluir a licenciatura e foi desligada por não efetuar matrícula no segundo período letivo de 2023.
A assessoria de imprensa de Laysa, por sua vez, informou que, após cursar o ensino médio técnico em Informática na FUNEC, ela ingressou na UFMG com base no Enem 2020, e permaneceu na instituição até 2023, quando se transferiu para o Manhattan College, em Nova Iorque, nos Estados Unidos.
MIT nega matrícula
Antes de apagar sua página no LinkedIn, Laysa afirmava ter iniciado, em janeiro de 2024, um curso de 12 meses na área de Engineering in Machine Learning, Modeling and Simulation no MIT Center for Computational Science and Engineering (CCSE).
Em resposta ao Portal iG, o MIT informou que no Cartório de Registro da instituição não há ”nenhum registro de matrícula ou diploma conferido para uma pessoa com o nome Laysa Peixoto Sena Lage’‘.
No LinkedIn, ela também informava estar matriculada em um MCA (Master of Computer Applications), com foco em Física Quântica, pela Universidade Columbia, nos Estados Unidos, iniciado em março de 2025. E dizia ter uma bolsa de estudo para estudar Física Teórica pelo International Centre for Theoretical Physics, entre 2020 e 2023, e pela Max Planck Society, entre 2021 e 2022.

Essas três instituições também foram procuradas pelo iG e o espaço permanece aberto.
Segundo o posicionamento da equipe de Laysa ao Portal iG, ela participou de cursos online no MIT com foco em Machine Learning, Modelagem e Simulação. Sobre o MCA em Física Quântica e bolsas vinculadas ao ICTP e à Max Planck Society, o texto enviado ao iG não apresentou documentação comprobatória.
Laysa na Forbes
Na esteira do sucesso de suas publicações, Laysa foi convidada para palestrar em eventos relevantes, como a CCXP Unlocked, Campus Party e Festival LED.
Desde o anúncio da missão, no início do mês, Laysa ganhou alguns milhares de seguidores no Instagram.
Em 2023, ela foi incluída na lista ”Forbes Under 30” com uma série de conquistas associadas à NASA. A lista reconhece empreendedores e personalidades com menos de 30 anos de idade. A publicação refere-se ao objeto provisório descoberto por ela, como citado acima, nesta reportagem.
Antes do reconhecimento, a jovem fez um post enaltecendo a publicação da Forbes Mulheres, um braço do grupo voltado ao público feminino.
Na postagem, ela utiliza uma imagem printada de uma publicação da Forbes que teve como título o seguinte: ”Brasileiras na NASA: a trajetória de 3 mulheres reconhecidas pela agência espacial”.

O iG apurou que, ao ler na internet as possíveis inconsistências das declarações e entrevistas de Laysa sobre a NASA, a Forbes procurou a jovem para ter esclarecimentos. Laysa teria dito que poderia provar tudo que fala, mas não enviou nenhuma explicação.
Capacete com foto diferente
Em maio de 2022, em uma das entrevistas concedidas por Laysa Peixoto ao G1 Minas, a imagem utilizada para ilustrar a matéria estava identificada como sendo de seu acervo pessoal. A fotografia exibia o logotipo da NASA em uma das laterais do capacete.

No entanto, em uma publicação feita por ela no Instagram, oito dias antes, a mesma imagem aparece com um emblema do Vogel Space Lab, ou Voguel Enterprise Aero Space, na lateral do capacete. A empresa é uma startup brasileira com foco em atividades educacionais ligadas à astronomia e ao ensino de ciências espaciais.

O Portal iG entrou em contato com o G1 para saber se foi o site ou Laysa que alterou, mas não obteve resposta.
Uma pessoa do site mineiro que falou com o iG, informalmente, não deu respostas conclusivas.
”Ixi, essa é uma longa história kkkk. Eu não estava envolvido na apuração, mas fiquei sabendo lá na redação”.
Ser astronauta da NASA: um caminho extenso
Segundo informações divulgadas no site oficial da NASA, os requisitos para se tornar astronauta da agência incluem critérios específicos e rigorosos.
Para se candidatar, é necessário possuir mestrado em algumas das seguintes áreas: ciências físicas, biológicas, engenharia, matemática ou ciência da computação, obtido em uma instituição reconhecida, e comprovar, no mínimo, três anos de experiência profissional na área. No caso de pilotos, exigem-se ao menos mil horas como comandante de voo em jato de alto desempenho.
O candidato precisa passar por um rigoroso exame físico voltado para missões espaciais de longa duração. A seleção leva em conta não apenas as qualificações acadêmicas e técnicas, mas também competências interpessoais, como liderança, trabalho em equipe e comunicação.
Os selecionados passam ainda por um treinamento de dois anos no Centro Espacial Johnson, em Houston, no Texas, onde aprendem desde caminhadas espaciais até o controle de braços robóticos e pilotagem de jatos.
Todos os candidatos a astronauta oficialmente selecionados pela NASA são listados publicamente no site da agência espacial, conforme explica a própria instituição:
“O termo astronauta candidato refere-se a indivíduos que foram selecionados pela NASA como candidatos ao corpo de astronautas da agência e que atualmente estão participando de um programa de treinamento para candidatos no Centro Espacial Johnson.”
Essa designação é restrita a pessoas formalmente escolhidas pela agência após rigoroso processo seletivo, que exige requisitos técnicos e acadêmicos e a aprovação em diversas etapas de avaliação e treinamentos presenciais, realizados no Texas.