A Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF) anunciou o mantimento da interdição preventiva do Jardim Zoológico de Brasília após a identificação de um novo caso suspeito de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP). A medida foi adotada após um emu (Dromaius novaehollandiae), espécie originária da Austrália e integrante do plantel do zoológico, apresentar sinais clínicos compatíveis com a doença.
Diante da situação, uma nova investigação sanitária foi iniciada. A equipe técnica da Seagri-DF optou pela eutanásia do animal, que apresentava sintomas neurológicos e agravamento do quadro clínico, seguindo os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Amostras biológicas foram coletadas e encaminhadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), localizado em Campinas (SP), referência nacional na análise da influenza aviária. O envio ocorreu nesta quinta-feira (12).
Enquanto aguarda os resultados laboratoriais, a Seagri-DF, em parceria com o Mapa e a Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB), decidiu manter a interdição total do parque como medida preventiva. O objetivo é preservar a saúde dos animais, trabalhadores e visitantes, além de evitar a propagação do vírus no Distrito Federal.
Até o momento, não foram detectadas alterações comportamentais ou sinais clínicos em outras aves e animais do zoológico, o que, segundo a secretaria, é um indicativo positivo. A interdição, no entanto, permanece por precaução, com foco no controle epidemiológico e na segurança sanitária da fauna.
A Seagri-DF reforça que não há risco à saúde humana no consumo de carne de frango e ovos devidamente cozidos ou fritos. A transmissão da gripe aviária não ocorre por meio da ingestão desses alimentos, mas sim por contato direto com aves vivas infectadas. O risco de infecção em humanos é considerado baixo.
Casos suspeitos envolvendo aves com sintomas respiratórios, neurológicos ou mortalidade elevada e súbita devem ser comunicados imediatamente à Seagri pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone/WhatsApp (61) 99154-1539.
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