

Humorista revela que usou “enforca gato” para estrangular miss no Paraná – Foto: Reprodução/Cidade Alerta/ND
O humorista Marcelo Alves, de 41 anos, confessou ter assassinado Raissa Suellen Ferreira da Silva, em Curitiba, no Paraná. Durante interrogatório na segunda-feira (9), ele detalhou todos os passos do crime até enterrar a miss de 23 anos em área de mata.
Marcelo enganou a vítima com uma falsa proposta de emprego em São Paulo. Ele inventou a história como pretexto para atrair a jovem até sua casa, onde se declarou para ela.
“Não tem São Paulo, não tem viagem, não tem emprego. Eu trouxe você aqui porque estou gostando de você e estou me declarando agora. Eu quero ficar com você”, teria dito o suspeito, conforme relatou no depoimento.
Natural da Bahia, Raissa venceu o concurso de Miss Serra Branca Teen em 2020 e morava em Curitiba há cerca de três anos. Ao descobrir que o emprego era falso, ela teria se irritado e proferido insultos.
Segundo Marcelo Alves, a vítima teria exclamado: “Como eu vou ficar com você, seu gordo, feio, mentiroso, nojento?”.
“Ela começou a gritar alto e eu fiquei com muito ódio, muita raiva e perdi a cabeça. Eu nunca toquei na Raissa, nunca dei nem um abraço, nem um beijo. Só nesse dia perdi a cabeça. Coloquei o lacre nela e não sabia o que fazer mais”, confessa o suspeito na delegacia.
Veja momento em que humorista confessa assassinato de miss no Paraná
Filho do assassino ajudou a ocultar o corpo da miss no Paraná
O humorista usou uma abraçadeira conhecida como “enforca gato” para estrangular a jovem. Em seguida, usou a lona de uma barraca de acampamento para enrolar o corpo da miss no Paraná.
“Fiz um processo bem rápido. Tinha uma lona lá, enrolei ela e comecei a passar umas fitas. Fiz um embrulho no corpo todo”, lembra. “Coloquei o corpo dela no porta-malas sozinho, com um pano branco e preto em cima, e saí”.

Dhony Alves confessa que ajudou a ocultar o corpo da miss no Paraná “por compaixão” ao pai – Foto: Reprodução/Cidade Alerta/ND
Marcelo Alves também entregou o próprio filho, Dhony Alves, que responde em liberdade por ocultação de cadáver após pagar fiança de R$ 500. Ele foi responsável por levar o pai até a área de mata onde o corpo foi enterrado.
“Foi um momento de desespero, de compaixão e amor ao meu pai. Eu sei que errei. Não estou aqui para justificar meu erro, mas para assumir”, admite Dhony Alves. “Naquele momento, no calor da emoção, eu dirigi o carro”.
O carro usado no crime era de um amigo da família, também ouvido pela polícia. Ele revelou que Dhony pediu o veículo emprestado na véspera do assassinato da miss no Paraná, o que levanta suspeita de premeditação.

Humorista acusado de matar miss no Paraná teve prisão preventiva mantida em audiência de custódia na quarta-feira (11) – Foto: Reprodução/RECORD
“As declarações prestadas por ele [Marcelo] estão sendo quebradas, a gente verifica que há uma mentira. Essa parte do privilégio prestado por ele, da violenta emoção, a gente acredita que não houve”, aponta a delegada Aline Manzatto.
“Além disso, a questão da ocultação do cadáver também demonstra que houve uma preparação. Ele tinha em mente desde o início matar a Raíssa e ocultar o cadáver”, constata.
O humorista jogou fora as malas que Raissa havia feito para viajar a São Paulo, assim como o enforca gato. Ele usou uma enxada para cavar a cova rasa onde o cadáver foi escondido na cidade de Araucária, a poucos quilômetros de casa.
O corpo da jovem foi levado à cidade de Paulo Afonso, na Bahia, onde será velado nesta quinta-feira (10). O crime brutal chocou familiares e amigos de Raissa, que conheciam o suspeito desde que ela era criança.