
A Suprema Corte da Argentina decretou, nesta terça-feira (10), a prisão da ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner, após rejeitar o último recurso apresentado por sua defesa.
Kirchner havia sido condenada a seis anos de prisão por corrupção em um processo que já tramitava em terceira instância, e agora poderá ser presa a qualquer momento.
A decisão marca um dos episódios mais delicados da história recente da política argentina. Em resposta ao decreto, Cristina — que governou o país entre 2007 e 2015 e foi vice-presidente de Alberto Fernández entre 2019 e 2023 — mobilizou sua base e convocou manifestações em diversas regiões do país.
Segundo o jornal Clarín, importantes rodovias de acesso à capital, Buenos Aires, já estão bloqueadas.
A ex-presidente foi condenada por favorecer, durante seus mandatos, o empresário Lázaro Báez, dono de uma empreiteira que venceu 51 licitações públicas na província de Santa Cruz, reduto político de Kirchner. Segundo o Ministério Público argentino, o esquema causou um prejuízo estimado em mais de R$ 7 bilhões aos cofres públicos.
A defesa da ex-presidente classificou o processo como “perseguição judicial” e solicitou a anulação da sentença, argumento que foi rejeitado pela mais alta instância do Judiciário do país.
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