
Uma multidão tomou as ruas da capital espanhola neste domingo (8) para protestar contra o governo do primeiro-ministro Pedro Sánchez. O ato, convocado pelo Partido Popular (PP), teve como slogan “Máfia ou Democracia” e contou com cerca de 50 mil pessoas, segundo estimativas oficiais – número que pode ter chegado a 100 mil, segundo os organizadores.
Líderes da oposição marcaram presença na manifestação, incluindo o presidente do PP, Alberto Núñez Feijóo, e a presidente da Comunidade de Madrid, Isabel Díaz Ayuso. Feijóo pediu a convocação de eleições antecipadas e acusou o governo socialista de “atacar a democracia” e “destruir a dignidade das instituições”. “Senhor Sánchez, renda-se à democracia. Convoque eleições já”, declarou Feijóo em seu discurso.
A manifestação foi motivada por escândalos recentes envolvendo o entorno de Pedro Sánchez. A esposa do primeiro-ministro, Begoña Gómez, é investigada por tráfico de influências, enquanto seu irmão, David Sánchez, e um ex-assessor do Ministério dos Transportes também enfrentam denúncias de corrupção.
Díaz Ayuso comparou a situação atual da Espanha à de “ditaduras como a de Nicolás Maduro”, aumentando o tom crítico contra o Palácio de Moncloa.
Governo reage
O governo afirmou que o protesto representa uma tentativa da oposição de desestabilizar o país. “Estamos diante de uma instrumentalização política da justiça e de ataques coordenados para enfraquecer as instituições democráticas”, disse uma fonte ligada ao gabinete de Sánchez.
Este foi o sexto protesto de grande escala convocado pelo Partido Popular desde o início do atual mandato socialista, sinalizando um clima de crescente tensão e polarização na política espanhola.