Religião que mais cresce em SC quadruplicou número de fiéis em 12 anos

Mãe de santo representando Umbanda e Candomblé

Representatividade de Umbanda e Candomblé saiu de 0,2% para 0,8% em Santa Catarina – Foto: Divulgação/DepositPhotos/ND

O Censo das Religiões, divulgado na sexta-feira (6) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apontou que a religião que mais cresceu proporcionalmente em Santa Catarina não foi a católica nem a evangélica. Umbanda e Candomblé, religiões de matriz africana, apresentaram o maior salto percentual no estado.

Em 2010, ano do censo anterior, as religiões afro-brasileiras representavam apenas 0,2% da população, cerca de 9 mil pessoas. No Censo de 2022, esse número quadruplicou, chegando a 0,8%, o equivalente a mais de 52 mil moradores. Apesar da participação ainda modesta, esse foi o maior aumento relativo entre todos os grupos religiosos no estado.

Umbanda e Candomblé registram crescimento expressivo no Censo 2022 em Santa Catarina

Em Santa Catarina, o recorte por raça/cor mostra que 2,85% da população preta se identifica como umbandista ou candomblecista. Entre os indígenas, o percentual é de 1,41%; entre pardos, 0,93%; amarelos, 0,9%; e brancos, 0,64%.

Terreiro de Umbanda

Umbanda e Candomblé são religiões com forte influência africana – Foto: Hermínio Nunes/Divulgação/ND

Logo após as religiões de matriz africana, o grupo que mais cresceu proporcionalmente no estado foi o dos que se declaram sem religião, que passou de 3,2% da população em 2010 para 6,3% em 2022. Em números absolutos, no entanto, o destaque foi outro.

As religiões evangélicas registraram o maior crescimento em volume de fiéis: foram 498 mil novos adeptos em 12 anos. Já os católicos perderam espaço, passando de 73,5% da população em 2010 para 64,3% em 2022.

Pessoa lendo a Bíblia

Religiões evangélicas ganharam espaço em Santa Catarina – Foto: Unsplash/ND

A pesquisa também revelou que o crescimento evangélico foi de 32% em Santa Catarina. O grupo, que representava 19,6% da população com 10 anos ou mais em 2010, agora alcança 23,4%.

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