

Diagnósticos de autismo em Santa Catarina chegam a 91,6 mil pessoas – Foto: Reprodução/ND
Apenas duas cidades não possuem habitantes com diagnósticos de autismo em Santa Catarina, revelou o estudo inédito realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (23).
Segundo a pesquisa, em todo o estado, 91,6 mil pessoas vivem no TEA (Transtorno do Espectro Autista), o que representa 1,2% da população catarinense e coloca o estado como o 9º no Brasil em diagnósticos.
O Acre tem a maior proporção entre as unidades da federação, com 1,6% do total de habitantes vivendo com o transtorno. O Tocantins e a Bahia, empatados com 1,0%, têm os menores percentuais.

Maioria dos diagnósticos do Transtorno do Espectro Autista ocorre em pacientes entre 5 e 9 anos – Foto: Divulgação/Freepik/ND
Em números absolutos, o estado de São Paulo possui o maior número de diagnósticos, com 547.545, seguido de Minas Gerais (228.557) e Rio de Janeiro (214.637). O estado de Roraima possui o menor contingente, com 7.374 mil pacientes desse tipo.
Veja ranking de diagnósticos de autismo em Santa Catarina
Os municípios mais populosos do estado têm o maior número de pessoas com diagnósticos de autismo em Santa Catarina, conforme o estudo do IBGE. A capital catarinense tem a segunda maior quantia, perdendo apenas para a cidade catarinense mais populosa.
Em contrapartida, as cidades de Jardinópolis, no Oeste catarinense, e São Bonifácio, na Grande Florianópolis, são as únicas que não possuem diagnósticos de autismo em Santa Catarina.
- Joinville: 8.617 diagnósticos;
- Florianópolis: 7.227 diagnósticos;
- Itajaí: 5.140 diagnósticos;
- Blumenau: 4.837 diagnósticos;
- São José: 4.269 diagnósticos;
- Palhoça: 3.220 diagnósticos;
- Criciúma: 2.657 diagnósticos;
- Jaraguá do Sul: 2.354 diagnósticos;
- Brusque: 2.249 diagnósticos;
- Lages: 2.246 diagnósticos.
Como funciona o diagnóstico?
O estudo do IBGE mostrou que a maioria dos diagnósticos ocorre quando o paciente ainda é jovem: 2,1% no grupo de 0 e 4 anos de idade; 2,6% entre 5 e 9 anos; 1,9% entre 10 e 14 anos; e 1,3% entre 15 e 19 anos.
Esses percentuais representam, ao todo, 1,1 milhão de pessoas de 0 a 14 anos com autismo. Nos demais grupos etários, os percentuais oscilaram entre 0,8% e 1,0%.

Levantamento mostra que prevalência do autismo é maior entre os homens – Foto: Imagem gerada por IA/ND
A prevalência de TEA, segundo o levantamento, é maior entre os homens em todos os grupos etários até 44 anos. Entre 45 e 49, 55 e 59 e 70 anos ou mais, os percentuais foram equivalentes entre os sexos de nascimento.
Já nos grupos de 50 a 54 e 60 a 69 anos, as mulheres apresentaram prevalências ligeiramente superiores às dos homens, com diferença de 0,1 pontos percentuais.