

“Careca do INSS” é suspeito de repassar R$ 9,32 milhões a servidores, familiares e empresas ligadas à cúpula do Instituto – Foto: Divulgação/ND
O empresário Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como ‘Careca do INSS’, tentou impedir na Justiça que a imprensa continue usando esse apelido, mas teve o pedido negado. A decisão foi tomada nesta semana pelo juiz José Ronaldo Rossato, da 6ª Vara Criminal de Brasília, segundo o Metropoles.
Investigado pela PF (Polícia Federal) por supostos descontos indevidos em aposentadorias do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Antunes afirmou que o apelido ‘Careca do INSS’ é pejorativo e prejudica sua imagem.
No entanto, o juiz entendeu que a expressão, apesar de polêmica, não é ofensiva o suficiente para configurar crime. Para o magistrado, o apelido é usado como uma forma de identificação pública, principalmente por ser repetidamente divulgado pela imprensa.
“O termo ‘Careca do INSS’, embora de gosto duvidoso, não caracteriza crime, pois é utilizado para relatar fatos de interesse jornalístico, dentro do exercício profissional da imprensa”, afirmou o juiz na decisão.
O magistrado também reforçou a importância da liberdade de imprensa, destacando que ela é essencial para a democracia, pois garante que a sociedade seja informada e possa fiscalizar o poder público.
PF apreende 6 carros de luxo do ‘Careca do INSS’
A PF (Polícia Federal) apreendeu, nesta terça-feira (20), seis carros de luxo ligados ao empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, em Brasília. Os veículos estavam estacionados no subsolo do prédio onde funciona o escritório político da senadora Damares Alves (Republicanos-DF).

Um dos 6 carros apreendidos pela PF – Foto: PF/Reprodução
Entre os veículos apreendidos, segundo a PF, estão modelos de alto padrão como uma BMW M3 Competition 2023 (avaliada em R$ 638 mil), uma Land Rover 2020 (R$ 430 mil), um Audi RS6 2015 (R$ 378 mil), uma BMW M135 (R$ 253 mil), um Porsche 911 (R$ 1,2 milhão) e um Porsche Panamera (R$ 766 mil).