Catarinense comemora os 70 anos de vida correndo 70km em Florianópolis

Catarinense Maria Zilene é exemplo na corrida

Maria Zilene topou um desafio para comemorar o aniversário – Foto: Arquivo Pessoal/ND

Quantos quilômetros você imagina correr quando chegar aos 70 anos? Pois a catarinense Maria Zilene Cardoso está próximo de completar a marca septuagenária e topou o desafio de correr 7km em 7 dias.

Desde quarta-feira (14) até o dia 21, a senhora corredora está na Beira-Mar Continental às 6h da manhã para iniciar a meta do dia. Ah, e ela não está só. São mais de 50 atletas participando do desafio.

“O projeto representa não apenas um feito físico, mas um manifesto pessoal sobre envelhecimento ativo, conexão entre corpo e mente e superação de limites”, conta Zilene, que faz aniversário dia 24 de maio.

A proposta pode até parecer simples: correr 10 km por dia. Mas quem já enfrentou uma rotina assim, sabe que a exaustão é uma companheira inseparável.  Antes dos 55 anos, Zilene nunca havia praticado esportes. Foi professora de manhã, tarde e noite até a década de 90.

Depois, começou a atuar nas áreas da educação, cultura e tecnologia do Estado, numa rotina exaustiva, com episódios de labirintite e muitas idas à emergência. Até que ela atendeu o pedido de socorro do seu corpo, começou a correr, fazer musculação e nunca mais parou.

“Pensei, vou fazer 70 e vou correr 70km. O meu treinador falou pra fazermos devagar, 10 por dia, e achei a ideia muito boa. Tem pessoas que dão desculpas pra tudo, mas quando a gente quer a mente resolve. Hoje é o meu corpo que pede”, comentou.

Catarinense Maria Zilene fora das corridas – Foto: Divulgação/ND

“Como se tratava da Zilene eu vi que era possível. Ela é uma atleta disciplinada, dedicada e fácil de fazer o treinamento. Ela responde bem aos estímulos porque cumpre todos os treinos porque ela cumpre tudo direitinho”, explicou Guilherme Dutra, da GD Assessoria, técnico da catarinense.

Desafio da catarinense

De lá para cá, são mais de 30 troféus, centenas de medalhas e diversas maratonas internacionais no currículo — entre elas, Buenos Aires, Lisboa, Montevidéu, Santiago e Deserto do Atacama.

“A vida vale a pena sorrir. Tudo que você dá e tira de dentro você colhe. Se você distribui alegria, você colhe alegria. Se você distribui amor, você colhe amor”, comentou a catarinense.

O horário, além de saudável, é também para evitar a exposição contínua ao sol, já que venceu um câncer de pele no ano passado. Anos antes, enfrentou o diagnóstico, dado por diferentes médicos, de não poder mais correr em decorrência de lesões nas maratonas.

Mesmo aposentada, ela trabalha diariamente, de forma voluntária, na ACACSC (Associação Catarinense dos Amigos de Santiago de Compostela) e tem uma rotina imparável, que inclui palestras, participação em corais, eventos sociais e o cuidado com a família.

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