Elétricos e híbridos são destaque no Festival Interlagos; conheça 8 modelos apresentados no evento


Mostra em São Paulo substituiu o Salão do Automóvel como grande vitrine de lançamentos. Chegadas incluem jipes, picapes, SUVs compactos, médios e grandes, superesportivos e até minivans de luxo. Carros elétricos e híbridos são destaque no Festival Interlagos, com opções para off-road, superesportivo, van luxuosa e até compacto econômico
Foto: g1
Sem o Salão do Automóvel de São Paulo, o Festival Interlagos tornou-se a grande vitrine de lançamentos para o mercado brasileiro. O evento aconteceu neste fim de semana, em São Paulo.
Neste ano, as atenções se voltaram aos veículos eletrificados. Os anúncios envolveram tanto marcas novas no Brasil — como Neta, Omoda e Jaecoo —, quanto reforços para montadores já presentes e fortes no país, como BYD, GWM e Lexus.
Veja abaixo os principais carros híbridos e elétricos apresentados no evento.
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Neta chega como rival da BYD
Neta Aya
A montadora chinesa Neta inicia suas vendas no Brasil em setembro, e começa com dois SUVs 100% elétricos.
O Neta Aya é um SUV compacto, forte candidato para rivalizar com o BYD Dolphin. O modelo parte de R$ 124.900, um valor intermediário entre os primeiros modelos da concorrente.
O Dolphin Mini custa a partir de R$ 119.800;
O Dolphin, a partir de R$ 159.800.
Na competição com veículos a combustão, o Aya pode incomodar as versões topo de linha dos hatches compactos. O Hyundai HB20 Platinum Safety, por exemplo, custa R$ 122.290.
O motor do Neta Aya é elétrico, gera 95 cv de potência e tem 15,3 kgfm de torque, garantidos por bateria com 40,7 kWh. Com este conjunto, a autonomia é de 263 km e a recarga pode ser feita tanto em eletropostos como na tomada 220V — em até oito horas para a tomada comum de casa.
Neta X
A Neta também apresentou o SUV médio X, também com propulsão exclusivamente elétrica. O veículo chega ao Brasil em versões que começam em R$ 194.900 e alcançam os R$ 214.900. O lançamento enfrentará concorrência de peso no Brasil, como Toyota Corolla Cross, Jeep Compass e o GWM Haval H6 e Volvo EX30.
A motorização faz 163 cv e 21,4 kgfm. A bateria é de 52,5 kWh, mas o motor mais potente e o peso extra da carroceria maior fazem a autonomia cair: 258 quilômetros.
A empresa chega ao Brasil inicialmente com carros importados da China, mas existe um plano de produção local. “Já temos hoje uma equipe para pesquisar o melhor local para o Brasil. Esta fábrica será um centro de exportação dos nossos produtos para a América do Sul”, diz Henrique Sampaio, diretor de marketing e de produto da Neta.
Enquanto os planos para a fábrica continuam em estágio inicial, a Neta planeja ter 30 concessionárias no Brasil até dezembro, abrindo outras 70 até o final de 2025.
GWM aposta em SUVs para off-road e luxo
GWM Tank 300
A GWM trouxe dois carros novos para o Festival Interlagos. O primeiro é o Tank 300, um jipe com visual misto de Land Rover Defender e Mercedes-Benz Classe G. Ele chega ao Brasil no começo do ano que vem e não tem preço definido.
A motorização é do tipo híbrido plug-in (PHEV), com tração nas quatro rodas (4×4). O motor a combustão é um 2.0 turbo de injeção direta, movido a gasolina. Ele trabalha em conjunto com dois propulsores elétricos, um em cada eixo. Combinados, a potência é de 408 cv e torque de 76,5 kgfm.
A bateria tem 37,1 kWh e é suficiente para o motorista dirigir o jipe somente no modo elétrico por 100 quilômetros. É o suficiente para percorrer uma distância como São Paulo (SP) a Santos (SP), sem consumir uma gota de combustível.
GMW Wey 07
O outro modelo é o maior veículo que a GWM terá no Brasil. Com nome de Wey 07, ele é um SUV luxuoso de seis lugares e de motorização híbrida. É o mesmo motor 1.5 turbo movido a gasolina do Haval H6, com auxílio de dois propulsores elétricos.
Ao todo são 516 cv de potência e 95,1 kgfm, entregando de 0 a 100 km/h em 4,9 segundos. Este é o mesmo tempo de um Porsche 718 Cayman. O conjunto de baterias tem 45 kWh e a autonomia é de 180 km somente no modo elétrico.
O alcance em modo híbrido chega aos 1.000 km, praticamente o suficiente para percorrer uma distância como os 1.006 quilômetros que separam São Paulo (SP) e Brasília (DF).
O Wey 07 será lançado na segunda metade de 2025, e também não há preço fechado.
BYD aposta em luxo e conforto de primeira classe
Bao 5
A BYD trouxe ao Festival Interlados dois modelos de luxo da submarca Denza, uma joint-venture entre a marca chinesa e a alemã Mercedes-Benz.
Denza existe desde meados de 2010, quando BYD e Mercedes-Benz dividiam a companhia com cada metade da montadora para cada lado. Atualmente a montadora alemã detém 10% dos papéis e o lado chinês controla 90%.
Diferente da divisão da empresa, o foco segue inalterado: carros de maior luxo e desempenho são feitos pela Denza e não pela BYD. Até a venda é feita em concessionárias específicas, focando em atendimento distante de nomes econômicos até por lá, como é o caso do Dolphin.
O primeiro modelo trazido para São Paulo foi o Bao 5, um jipe de motorização híbrida plug-in (PHEV), com motor 1.5 turbo a gasolina, junto de dois elétricos que, quando combinados, alcançam 680 cv de potência e 77,5 kgfm de torque.
Para se ter dimensão da força do conjunto, a potência é maior que a de uma Lamborghini Urus e seus 650 cv, por exemplo.
A bateria tem 31,8 kWh, com promessa de fazer o Bao 5 rodar até 125 km sem consumir o combustível do tanque. O lançamento do carro está marcado para o ano que vem.
Denza D9
Já o outro é o Denza D9, um SUV com visual de um carro urbano. Ele será vendido no Brasil apenas em 2025, mas chega antes do Bao 5, em versões com quatro e sete lugares, ambos com o mesmo requinte em poltronas reclináveis em couro Nappa para os passageiros.
Ao estilo primeira classe de aviões comerciais, os assentos têm aquecimento, ventilação e massagem. Na cabine há também uma geladeira, Smart TV retrátil, três carregadores de celular por indução, câmeras para chamadas de vídeo e teto solar panorâmico.
O D9 pode ter motor híbrido tradicional, plug-in e 100% elétrico, mas a BYD não informou quais versões serão vendidas por aqui.
A saber:
As versões híbridas tradicional e plug-in (PHEV) utilizam motor 1.5 turbo, junto de um ou dois elétricos. A potência combina chega até 407 cv e a autonomia máxima é de 1.040 km para a variante PHEV.
Na configuração elétrica os números são menos generosos, com 374 cv e alcance de 600 km no ciclo chinês — o adotado no Brasil pelo Inmetro é menos otimista, mas não tão distante do utilizado pelos chineses.
BYD Shark
Por fim, a BYD trouxe ao evento sua picape Shark. A montadora não antecipou notícias sobre ela ou seu preço, mas o lançamento deve acontecer já nas próximas semanas.
A Shark será a primeira picape com motorização híbrida plug-in do Brasil, encontrando concorrente no país apenas com a Ford Maverick, que utiliza sistema híbrido convencional. Em ambos os casos o objetivo é ter torque elevado para carregar peso, junto de economia de combustível — a Maverick, por exemplo, chega a consumir 35 km/l.
No motor, está repetida a fórmula 1.5 turbo do Denza D9, junto de dois elétricos para potência combinada de 430 cv.
A picape da BYD consegue carregar 835 kg. A capacidade de carga é inferior ao que conseguem rivais como Chevrolet S10, Toyota Hilux e Ford Ranger.
A aposta da Shark é ter um motor mais potente que as concorrentes e itens de conforto típicos dos eletrificados, como central multimídia de 12,8 polegadas, projeção de informações no para-brisa (HUD) e câmeras para visão 360°.
Além de diversos sistemas de auxílio ao motorista (ADAS), como piloto automático adaptativo e alerta de ponto cego.
Lexus lança seu primeiro híbrido plug-in
Lexus RX 450h+
Por fim, a Lexus, marca de luxo da Toyota, aproveitou seu espaço para mostrar ao público o SUV híbrido plug-in RX 450h+. Ele já está à venda no país, por nada menos que R$ 609.990.
Ele é o primeiro da companhia com este tipo de motorização no Brasil. O motor une um 2.5 aspirado a gasolina com dois elétricos. A potência combinada é de 308 cv e o torque alcança 23,6 kgfm.
A montadora oferece um wallbox da para todos os clientes, mas a bateria tem 18,1 kWh e garante autonomia de 56 km somente em modo elétrico. Isso resulta em um consumo médio em modo híbrido de 13,9 km/l na cidade e 12,4 km/l na estrada, números pouco impressionantes.
No interior, o destaque fica para tela de 14 polegadas para central multimídia, bancos com aquecimento e ventilação, ar-condicionado digital de três zonas, câmeras para visão 360° e acabamento macio ao toque, praticamente sem plástico duro.
Como funcionam os carros elétricos
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