Cadela adota e amamenta leitoa após perder filhotes; VÍDEO


Segundo os donos, ‘Pretinha’ é muito amorosa e dócil. A porca que pariu a leitoa deu à luz pela primeira vez, mas não conseguiu amamentar todos os filhotes. História de porquinha adotada por cadela surpreende no quadro Imagens do Campo
Após perder os filhotes, uma cadela surpreendeu os donos ao amamentar uma leitoa, em uma fazenda de Piracanjuba, na região sul de Goiás. O vídeo gravado pelos donos Érica Vitória e Alexander Borges mostra a porca “Jujuba” em pé e se amamentando da cadela “Pretinha” enquanto ela está deitada no chão (assista acima).
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A cadela perdeu os filhotes ainda quando estava grávida. Os donos disseram que apesar dela ter perdido as crias, ela ainda produz leite e está vivendo praticamente uma história de mãe e filha.
“A Pretinha é uma cadela muito amorosa e dócil. Ela aceitou muito bem essa troca e convivência, adotando assim a Jujuba”, relatou o auxiliar de serviços em entrevista à TV Anhanguera. “As vezes, ela [Pretinha] se incomoda porque a porca fica fuçando em cima dela e aí ela fica meio estressada”, acrescentou.
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A porca que pariu Jujuba deu à luz pela primeira vez, mas não conseguiu amamentar todos os filhotes. Por isso, a leitoa encontrou a solução de se alimentar a partir do leite da cadela.
Contudo, a médica veterinária Luana Borboleta explica que essa situação inusitada entre os animais é comum, mas não é saudável.
“Essa amamentação é comum? É. Mas o que ela reflete? Um distúrbio hormonal na mãe, porque ela não vai aceitar qualquer filhote de qualquer forma. Ela reconhece o que é da espécie dela, mas quando ela tem um distúrbio hormonal, os hormônios ficam mais exacerbados e ela costuma aceitar, inclusive, quando ela não está em período gestacional, que é o que a gente chama de pseudo-gestação ou pseudo-ciese. Esse é um distúrbio hormonal que gera essa lactação sem desenvolvimento de feto e pode gerar outros problemas, como a cometimento de piometra, que é infecção uterina nessas fêmeas”, informou.
Quanto aos leites, a veterinária diz que oferecer um leite não específico da espécie para outra favorece o desequilíbrio nutricional.
“Dependendo da espécie e da constituição desse leite, pode ser que seja mais gorduroso, outros em que o leite é mais proteico, e isso pode gerar problemas sim. Por exemplo, o leite do felino é um leite específico, que se você der um outro tipo de leite a longo prazo, pode favorecer doenças, levando até a cegueira do animal”, afirma.
Luana aconselha que em casos assim, é recomendável que os donos procurem realizar uma solução mais próxima dos requerimentos nutricionais de cada espécie. “Quando são situações pontuais, ok, mas quando não, a gente procura fazer um sucedâneo que se aproxime mais”, completa.
Porca Jujuba amamentando na cadela Pretinha.
Reprodução/TV Anhanguera
*Victoria Vieira é integrante do programa de estágio entre TV Anhanguera e Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), sob orientação de Millena Barbosa.
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