Trisal é preso por submeter homem a trabalho análogo à escravidão e marcá-lo com tatuagem

Homem em situação análoga à escravidão é forçado a tatuar iniciais dos patrões em MG

Homem em situação análoga à escravidão é forçado a tatuar iniciais dos patrões em MG – Foto: Divulgação/MTE/ND

Um homem de 32 anos, vítima de trabalho análogo à escravidão por nove anos, foi obrigado a tatuar iniciais dos patrões nas costelas. O caso ocorreu em Planura, Minas Gerais. Três suspeitos foram presos.

A vítima é homossexual e foi submetida a jornadas de trabalho exaustivas sem remuneração. Ele foi aliciado através das redes sociais pelo trisal, que mirava pessoas LGBTQIA+ em vulnerabilidade social.

Além do homem, uma mulher transgênero, que também vivia sob o mesmo regime de trabalho forçado, foi resgatada em uma operação do Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho e Polícia Federal. Ambos os resgates ocorreram na segunda semana de abril.

O Ministério Público do Trabalho ainda cobra uma indenização de R$ 1,3  milhão ao homem. O trisal acusado teria que pagar R$ 300 mil referentes aos salários e rescisão, além de uma indenização de R$ 1 milhão por danos morais.

Homem foi obrigado a tatuar iniciais dos patrões como ‘símbolo de posse’

O homem de 32 anos foi forçado a tatuar inicias dos patrões nas costelas. A medida era um “símbolo de posse” por parte do trisal. Ao longo de nove anos, ele sofreu violência física, psicológica e sexual.

O trisal preso era composto por três homens, de 57, 40 e 24 anos, sendo um contador, um administrador e um professor. Eles atraiam pessoas LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade social, com falsas promessas de emprego, moradia e estudo através das redes sociais.

Trisal foi preso pela Polícia Federal e poderá ter que indenizar homem em até R$ 1,3 milhão

Trisal foi preso pela Polícia Federal e poderá ter que indenizar homem em até R$ 1,3 milhão – Foto: Divulgação/PF/ND

Após ganharem a confiança das vítimas, os criminosos forçavam elas a jornadas exaustivas de trabalho sem pagamento e com vários tipos de agressões.

O homem trabalhou em condições análogas à escravidão como empregado doméstico. A mulher transexual resgatada estava no local há 6 meses e relatou à PF que sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) devido ao estresse e violências.

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