Peritos identificam 27 corpos de vítimas do desastre aéreo de Vinhedo (SP)


O diretor do IML explicou que todas as pessoas que estavam no voo morreram com o impacto da batida da aeronave no solo. Peritos identificam 27 corpos de vítimas do desastre aéreo de Vinhedo (SP)
Reprodução/TV Globo
Até esta segunda-feira (12), o Instituto Médico Legal identificou 27 corpos do desastre aéreo de Vinhedo, interior de São Paulo.
O José veio de Natal e aguarda em São Paulo pela identificação do corpo do irmão. Constantino Maia foi a última vítima confirmada no voo, quase 20 horas após a queda do avião.
“Isto gerou um grande desconforto, uma grande angústia dentro da família toda, porque assim que a gente soube do acidente, a gente se reuniu para ver. A gente tinha uma certeza de que ele estaria nesse voo até por ser um cara tão responsável que ele nunca perderia um voo”, diz José Ricardo Thé Maia, irmão de Constantino.
Ele conta que Constantino foi para Cascavel para uma convenção da empresa em que trabalhava e tinha prometido voltar com presentes para os filhos e a tempo de comemorar o aniversário do irmão, no dia 9.
“Eu ia buscar ele porque a gente ia fazer uma comemoração juntos no aniversário”, conta José Ricardo Thé Maia.
Constantino Maia foi a última vítima confirmada no voo
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A Polícia Científica também coletou material genético de 17 famílias no Paraná e de 28 em São Paulo. Uma parte dos parentes das vítimas está em um hotel na capital paulista, esperando a identificação dos corpos e informações sobre o andamento das investigações. Nesta segunda-feira (12), representantes do Ministério Público estiveram lá para ouvir os familiares dos ocupantes do voo.
Até a tarde desta segunda (12), o Instituto Médico Legal já tinha identificado 27 corpos, a maior parte por meio de impressões digitais. Quinze corpos foram liberados para as famílias. À noite, o diretor do IML explicou que todas as pessoas que estavam no voo morreram com o impacto da batida da aeronave no solo.
“Hoje, nós temos a convicção científica de que todos morreram de politraumatismo. A aeronave despencou de uma altura de 4 mil metros e, ao atingir o solo, o choque foi muito grande e todos eles sofreram politraumatismo. As queimaduras que terminaram com a carbonização de alguns corpos foram secundárias ao politraumatismo”, afirma Vladmir Alves dos Reis, diretor do IML.
Diretor do IML explica que todas as pessoas que estavam no voo morreram com o impacto da batida da aeronave no solo
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Fátima Albuquerque, mãe da médica Arianne, passou por uma coleta de material genético no Instituto Médico Legal e agora aguarda a identificação do corpo. Até poucos dias atrás, tudo o que ela esperava era morar mais perto da filha.
“O sonho dela estava prestes a se realizar, que era ser oncologista. Então, ela estava decidindo ainda se eu iria morar no Sul ou se ela viria para o Nordeste para morar perto de mim em Fortaleza”, conta Fátima Albuquerque, mãe de Arianne.
Médica Arianne
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Em Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, o casal Hiales e Daniela foi velado nesta segunda-feira (12). Ele era policial rodoviário federal e ela fisiculturista. Estavam começando uma viagem para os Estados Unidos.
“A gente se conforma que os dois morreram juntos porque eles vão permanecer unidos. Eles estavam unidos aqui na Terra e vão permanecer unidos lá no céu”, diz Fátima Marilena Boien Corrêa, madrinha da Daniela.
Casal Hiales e Daniela
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