

A segunda temporada de The Last of Us terá, ao todo, sete episódios exibidos semanalmente. – Foto: Reprodução/Max/ND
Quem já se recuperou do segundo episódio de ‘The Last of Us’? Apesar de uma morte praticamente confirmada, por conta do jogo, havia, sim, uma pequeníssima esperança de que Joel sobrevivesse. Mas a morte desse querido personagem define o começo do fim desta jornada.
Assim como outras séries ambientadas em mundos pós-apocalípticos, aprendemos rápido que o maior dos problemas nunca é o monstro que dizimou a espécie e sim quem ainda continua vivo: o ser humano.
Efeito dominó acabará com “The Last of Us”
A morte de Joel (Pedro Pascal) não destruiu somente os fãs aqui do “mundo real”, mas todos os personagens em torno dele. Não existe mais volta ou a menor possibilidade de paz para o mundo de Ellie (Bella Ramsey), Abby (Kaitlyn Dever), Tommy (Gabriel Luna), Diana (Isabela Merced), Jesse (Young Mazino) e os demais.
A forte tempestade de neve, que ambienta o segundo episódio, também pode ser vista como um presságio não apenas para aquele fatídico momento cruel e voraz, mas para tudo que vem daqui para frente.
Alerta spoiler! Ellie começará a perder sua humanidade a partir de agora. Não, ela continua imune ao fungo Cordyceps, mas tudo em sua vida vai desabar e o pouco do que ela conhecia e compreendia como amor, afeto e carinho vai ser dilacerado por ela mesma!
Ellie acreditava que poderia viver um dia após o outro e decidir que perdoaria o Joel com o passar do tempo. Mas esse dia nunca vai existir e ela jamais o verá novamente. Então, o que sobrou para ela? A vingança!
Algo que ela aprendeu e muito rápido nesse mundo já infectado. Como sabemos bem, ela nasce após os eventos do “fim do mundo” quando descobrem o fungo mortal.
E ela pede por um significado, um sentido em sua vida. Agora, veremos sua jornada mudar drasticamente em torno da Abby, sua maior dor e obsessão. As duas compartilham mais sentimentos em comum do que podem imaginar, mas isso provavelmente jamais será dito entre elas.
Joel matou o pai de Abby quando tentava salvar Ellie da cirurgia que a mataria. Ellie estava disposta a ajudar a humanidade, mas Joel nunca se perdoou de ter perdido a filha (ainda que não tivesse culpa) e projetava isso em salvar Ellie.
Abby provou do mesmo sentimento que Joel ao perder alguém que amava. Ela não suportou o gosto amargo da solidão e substituiu isso pela vingança! Agora, quem vive isso é Ellie que viu o homem que considerava um pai morrer vagarosamente num nível destruidor e chocante.
Conhecendo a jornada da Ellie, seja nos jogos ou apenas na série, sabemos que ela pouco se importa consigo mesma, que desdenha da chance de ser feliz, que duvida do sentimento e do afeto que pode receber, que teme perder quem ama e que não controla suas emoções mais radicais.
O fim de Ellie de “The Last of Us” pode decepcionar
O fim começou. Ellie vai entrar numa espiral em busca de vingança, de “pagar na mesma moeda”, de matar a qualquer preço para ter a cabeça de Abby. E o que isso vai lhe custar? Tudo (e ela tinha algo a perder)!
Veremos Ellie se despedaçar a cada passo que dá em direção a Abby. É algo que quase vemos Abby passar também, se não fosse pela chegada de Lev, personagem que salvará sua humanidade.
Ellie fará de tudo para chegar no ponto final. Seus amigos entrarão em risco, seu tio, e principalmente ela mesma. Não lhe sobrará absolutamente nada. Se a série for adaptar à risca o jogo, sabemos que Ellie perderá até os dedos, não conseguindo tocar violão, algo que Joel havia lhe ensinado. Ela perderá Diana e seu filho. Ela estará sozinha no vasto mundo contaminado.
De finais felizes, já sabemos que a HBO não curte muito. Mas esse final nem agridoce será, ele acabará com um fel indigesto para os fãs. Ver a história de Joel e Ellie fechar assim deixará todos no mesmo lugar de vazio profundo.
Principais personagens da segunda temporada de “The Last of Us”