

Em 2015, Fabíola Goulart realizava o sonho de abraçar o Papa Francisco – Foto: Arquivo Pessoal/ND
“O Papa Francisco foi figura presente na minha vida”, conta a jornalista Fabíola Soares, de 38 anos. Religiosa, a moradora de Florianópolis teve a rara oportunidade de encontrar o pontífice seis vezes ao longo de seu papado. O primeiro encontro aconteceu no ano em que Jorge Bergoglio foi eleito santo padre.
À época, ela trabalhava no Comitê Organizador Local da JMJ (Jornada Mundial da Juventude) Rio 2013. Era a primeira viagem internacional e visita que Francisco faria ao Brasil enquanto chefe de Estado. “Na ocasião, o encontrei apressadamente duas vezes, ambos com ele no papamóvel”, conta.
Dois anos depois, contudo, Fabíola sabia que o encontraria novamente e foi em busca de seu sonho: conseguir um abraço do Papa Francisco.
A jornalista e seu marido, Gustavo Huguenin, estavam na Praça de São Pedro, no Vaticano, durante a tradicional benção do pontífice aos recém-casados. “Quando ele chegou na minha frente eu já estava tomada pelas lágrimas”, relembra.
“Ele viu a bandeira do Brasil na minha mão e já começou a brincar: ‘você pensa que cachaça é água?’, sempre com o bom humor característico e o carinho que cultivava pelos brasileiros”.
Fabíola conta que, naquele momento, um grupo de brasileiros se juntou a ela. “Não, cachaça não é água não!”, foi a resposta que eles deram em uníssono ao papa.
Passado o entusiasmo, ela pediu pelo tão esperado abraço e Francisco a correspondeu. “Foi um abraço de pai”, frisa.
“Troquei mais algumas palavras sobre a passagem dele pelo Rio e como o evento ajudou na minha vocação ao matrimônio”. Segundo a tradição cristã, Deus faria um chamado a algumas pessoas para viverem o amor de forma plena no casamento.
Os encontros seguintes com o Papa Francisco
Em julho de 2016, Fabíola e Gustavo moravam em Cracóvia, na Polônia. A cidade recebeu a Jornada Mundial da Juventude naquele ano, proporcionando um novo encontro da jornalista com o Papa Francisco durante a organização do evento.
“Trabalhei novamente na preparação da visita do Papa Francisco em janeiro de 2019 no Panamá e em julho de 2023 em Lisboa”, conta Fabíola.
A peregrinação é conhecida como um forte momento de evangelização do mundo juvenil. Mas, além dos encontros nestes eventos, Fabíola também teve a chance de estar perto de Francisco em 2022, em Roma. “Encontrei com ele no Encontro Mudial das Famílias”.
A jornalista frisa que, em todas as vezes que viu Francisco, ele foi “sempre o mesmo, alegre, humilde e incansável”.
A paróquia era o mundo inteiro
“Para mim, a imagem que guardarei [do Papa Francisco] é a de um ‘padre de paróquia’, mas sua paróquia era o mundo inteiro. O que mais o fazia feliz era estar com as pessoas e com Nossa Senhora. Não só a Igreja, mas o mundo sentirá a sua falta”, finaliza Fabíola.