
Taxa considera quantidade de imóveis ocupados em área urbana com ao menos uma árvore no entorno. No estado, é o caso de 74,93% das residências. Taxa de arborização do Censo 2022 considera quantidade de imóveis ocupados em área urbana com ao menos uma árvore no entorno.
Reprodução EPTV
Onze cidades da região de Campinas têm índice de arborização menor do que o registrado para o estado de São Paulo, segundo dados do Censo 2022. A taxa leva em consideração a quantidade de imóveis ocupados com ao menos uma árvore no entorno. Em todo o estado, esse é o caso de 74,93% das residências.
O pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, Ivan André Alvarez, explica que o levantamento considera apenas a existência de árvores maiores que 1,70cm e em áreas urbanas. Para ele, os dados alertam para a importância das árvores, mas não demonstram desigualdades entre bairros e municípios.
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Os municípios com arborização menor que a taxa no estado são Santo Antônio do Jardim (SP), Espírito Santo do Pinhal (SP), Socorro (SP), Santo Antônio de Posse (SP), Monte Alegre do Sul (SP), Serra Negra (SP), Águas de Lindóia (SP), Amparo (SP), Tuiuti (SP), Pinhalzinho (SP) e Pedra Bela (SP).
Já a cidade com o maior índice da região é Holambra (SP). Por lá, 93,56% dos imóveis ocupados na área urbana possuem pelo menos uma árvore no entorno. Acima dos 90%, também estão Indaiatuba (SP), Estiva Gerbi (SP) e Valinhos (SP). Confira abaixo.
índices de arborização nas cidades da região de Campinas
Distribuição desigual
Segundo Alvarez, a taxa de arborização sozinha não demonstra questões como a impermeabilização do solo e as diferenças entre diferentes bairros de uma mesma cidade.
“Você quer ver uma comparação que talvez aqui mais nos acerte? É comparar Campinas com ela mesmo. Pega uma área censitária, no Nova Aparecida, e pega uma área censitária lá na Cidade Universitária, do lado da Unicamp. Aí é uma comparação cruel”, explica o pesquisador.
Na metrópole, o pesquisador afirma que existe uma “desigualdade verde”.
“Além do manejo das áreas, o nosso maior problema em Campinas é a distribuição desigual, é aquilo que eu chamo de desigualdade verde. Campinas é mais verde e injusta do que socialmente injusta, por incrível que pareça”, avalia.
Para Alvarez, a metodologia para medir a arborização nos municípios “precisa, de fato, ser melhorada e mostrar mais claramente como é que está o verde da cidade”.
Para especialista, dados alertam para importância das árvores mas não demonstram desigualdades entre bairros e municípios.
Reprodução EPTV
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