São Paulo registra primeiro caso de sarampo no Estado em 2025

Estão entre os sintomas da doença febre alta e manchas vermelhas pelo corpoReprodução

A cidade de São Paulo registrou o primeiro caso de sarampo, nesta quinta-feira (17), de acordo com informações da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), ao Portal iG.

Este é o primeiro caso de sarampo do ano no Estado de São Paulo. Em 2024, foram confirmados 2 casos no Estado e, em 2023, não houve registro de casos.

O caso confirmado nesta semana no Estado de São Paulo é de um homem residente na capital paulista, de 31 anos, que viajou para Jacarezinho, no Paraná.

Com histórico de vacinação completo na infância para a doença, o que contribuiu para uma evolução clínica mais branda, não houve necessidade de internação. 

Os sintomas começaram no dia 2 de abril, com febre, manchas vermelhas no corpo e tosse.

Segundo o órgão municipal de Saúde, diante do histórico de deslocamento anterior no estado do Paraná, está sendo investigado o local provável da infecção,

“Durante o período de transmissibilidade, ele permaneceu em isolamento domiciliar e não foram identificados outros casos relacionados até o momento”, informou a SMS, ao Portal iG.

Entre as medidas adotadas, estão o bloqueio vacinal na região do domicílio e no hospital onde o paciente foi atendido.

Ainda conforme os protocolos de controle, seguem ações de busca ativa de possíveis novos casos na região bem como o monitoramento dos contatos próximos identificados.

Vacinação

A vacina contra o sarampo está disponível para todos a partir de 1 ano de idade até os nascidos a partir de 1960. 

A vacina contra o sarampo está disponível para todos a partir de 1 ano de Reprodução

Em São Paulo, o imunizante SCR, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, ultrapassou os 95% de cobertura na primeira dose (D1) e segunda dose (D2). Para a SCR D1, a cobertura foi de 96,94% em 2024 e se manteve acima da meta, que já havia sido atingida em 2023. Na segunda dose, a SCR D2 avançou de uma cobertura de 85,56% em 2023 para 95,25% em 2024.

Na capital, a vacinação está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e aos sábados e feriados nas AMAs/UBSs Integradas, no mesmo horário.

É importante procurar a UBS d

e referência para avaliar se o seu esquema de vacinação contra o sarampo está completo.

 Doença

O sarampo é uma doença viral aguda, infectocontagiosa e altamente transmissível. O contágio se dá através de secreções respiratórias por gotículas veiculadas por tosse ou espirro e por via aérea. Por ser altamente contagioso, até nove em cada dez pessoas suscetíveis e com contato próximo a uma pessoa com sarampo desenvolverão a doença. A transmissão acontece nos 6 dias antes do aparecimento de manchas na pele e por 4 dias depois de sua instalação. Os sintomas aparecem entre 7 a 18 dias após o contato com uma pessoa doente.

Os primeiros sintomas da doença são febre alta, mal estar, coriza, conjuntivite, tosse e falta de apetite, e nesse período podem ser observadas manchas brancas (Koplik) na face interna das bochechas. As manchas vermelhas na pele começam a aparecer atrás das orelhas e se espalham pelo corpo. Após 3 dias tendem a diminuir.

A SMS de São Paulo ressalta que, em caso de sinais e sintomas suspeitos, o paciente deve dirigir-se de máscara para uma unidade de saúde mais próxima por meio da plataforma Busca Saúde.

No Brasil

Em 2016, o Brasil recebeu a certificação da eliminação do vírus que causa o sarampo.  Segundo o Ministério da Saúde, nos anos de 2016 e 2017 não foram confirmados casos da doença.

No entanto, em 2018, com o grande fluxo migratório associado às baixas coberturas vacinais, o vírus voltou a circular e, em 2019, o Brasil perdeu a certificação de “país livre do vírus do sarampo”, ao registrar mais de 21,7 mil casos.

Em 2020, foram 8.035 casos, em 2021 foram 670 casos e, em 2022, 41.

Em 2023, não houve registro de sarampo no país. Já em 2024, foram confirmados 5 casos.

Esse é o 4º caso confirmado em 2025 no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. Os anteriores foram registrados no Rio de Janeiro, com 2 confirmados, e 1 no Distrito Federal.

 

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