

Valor do dólar despencou nesta quinta-feira (17), véspera de feriado prolongado no Brasil – Foto: Deny Campos/Arte/ND
O valor do dólar fechou o dia em queda nesta quinta-feira (17), conforme o Banco Central do Brasil. Pela manhã, a moeda norte-americana estava custando R$ 5,88. Na quarta-feira (16), o fechamento ficou em R$ 5,86.
O dólar encerrou a quinta-feira (18) com queda expressiva de aproximadamente 1%, aproximando-se novamente da barreira psicológica dos R$5,80.
O movimento refletiu o enfraquecimento generalizado da moeda americana frente a divisas de mercados emergentes, alimentado pelas expectativas de um possível entendimento na guerra comercial entre Estados Unidos e China.
Às 17h09 (horário de Brasília) desta quinta-feira (17), o dólar à vista operava em baixa de 1,03%, cotado a R$ 5,804 na compra e na venda. Na B3 (Bolsa de Valores brasileira), o dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,07% com 5.815 pontos.
Confira o valor do dólar hoje
Dólar comercial
Usado em negociações internacionais e operações financeiras.
- Compra: R$ 5,804
- Venda: R$ 5,804
Dólar turismo
Voltado para viagens e compras no exterior, sua cotação inclui impostos e taxas.
- Compra: R$ 5,856
- Venda: R$ 6,036
O que fez o dólar cair?
Em uma semana encurtada pelo feriado da Sexta-Feira Santa, o dólar acumulou desvalorização de 1,07%, embora mantenha ganhos mensais de 1,75% em abril. A sessão foi marcada por um claro apetite por risco entre investidores, que migraram para ativos de economias emergentes e países exportadores de commodities.
O dólar acelerou sua queda após o presidente americano Donald Trump sinalizar avanços nas negociações comerciais. “Faremos um acordo muito bom com a China”, afirmou o mandatário na Casa Branca, sem detalhes mas com tom otimista que ecoou nos mercados.
Os comentários presidenciais impactaram diretamente as cotações: após atingir máxima diária de R$5,8894 no início do pregão, a moeda americana chegou a valer R$5,7970 no período da tarde – mínima intradia com recuo de 1,17%. Cristiane Quartaroli, economista-chefe do Ouribank, destacou que “a disposição de Trump por um acordo impulsionou as moedas emergentes como um todo”.
Além do clima positivo nas relações comerciais, outro fator pressionou o dólar para baixo:
- Petróleo em alta: A commodity registrou valorização superior a 3% no mercado internacional, beneficiando o real devido ao perfil exportador do Brasil
- Sintonia global: Moendas de outros emergentes também apresentaram desempenho positivo, seguindo a tendência de afastamento do dólar como ativo seguro
Enquanto os agentes de mercado acompanham os desdobramentos das negociações tarifárias, o real se beneficia deste momento de relativa tranquilidade. Contudo, analistas alertam que a volatilidade pode retornar rapidamente caso haja novos atritos entre as potências comerciais.